Contexto SAGRADAS ESCRITURAS, março, 2020


ICorinthios 10

E não tentemos a CHRISTO
E não murmureis, como tambem alguns delles murmurarão, e perecerão pelo destruidor.
E todas estas cousas lhes sobreviérão em figura, e estão escritas para nosso aviso, em quem ja os fins dos seculos são chegados.
O que pois cuida que está em pé, olhe que não caia.
[Almeida, 1850]

[782,630]


outubro 29, 2008

Conhecendo a Bíblia – 26ª parte - Daniel

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DANIEL

Escrito 600 anos antes de Cristo, é um companheiro ao livro de Apocalipse, escrito no cativeiro de Judá, em Babilônia. Daniel foi deportado, enquanto adolescente, no ano de 605 aC, para a Babilônia, onde viveu mais de sessentas anos. Possivelmente fosse de uma família de classe alta de Jerusalém. Isaias e Ezequias (Isaías 39.7) haviam profetizado a deportação para a Babilônia dos descendentes da família real. Inicialmente, Daniel serviu na corte de Nabucodonosor. Mais tarde, tornou-se conselheiro de reis estrangeiros.

A importância de Daniel como profeta foi confirmada por Jesus em Mateus 24.15. Sua profecia abrange o espaço de tempo de sua vida. O nome Daniel significa “Deus é meu juiz”. Sua inabalável consagração a Jeová e sua lealdade ao povo de Deus comprovaram fortemente essa verdade na vida de Daniel.

Embora o cerco e a deportação de cativos para a Babilônia tenha durado vários anos, os homens fortes e corajosos, os habilitados e os instruídos foram retirados de Jerusalém logo no início da guerra (2Reis 24.14).

Juntamente com milhares de cativos de Judá levados para o exílio na Babilônia, entre 605 a 582 aC, os tesouros do palácio de Salomão e do templo também levados. Os babilônios haviam subjugado todas as províncias governadas pela Assíria e haviam consolidado o seu império numa área que abrangia grande parte do Oriente Médio.

Para governar um reino tão diversificado numa área de tamanha extensão, necessitava-se de uma burocracia administrativa especial. Escravos instruídos ou habilitados que as circunstâncias requeriam tornaram-se a mão de obra do governo.
Por causa de sua sabedoria, conhecimento e boa aparência, quatro jovens hebreus forma selecionados para o programa de treinamento (1.4). Devido ao caráter excepcional de Daniel, Hananias, Misael e Azarias, estes jovens foram contemplados com funções relevantes no palácio do rei. Daniel sobrepujou a todos os homens sábios daquele vasto império (6.1-3).

O propósito é mostrar que o Deus de Israel, o único Deus, mantém sob seu controle o destino de todas as nações.

Daniel se compõe de três partes principais: Introdução à pessoa de Daniel (1), os testes decisivos do caráter de Daniel e o desenvolvimento de suas habilidades de interpretação profética (2-7) e a série de visões de Daniel sobre reinos e acontecimentos futuros (8-12). Nesta parte final, Daniel se apresenta como livro profético básico para a compreensão de muitas coisas da Bíblia. Muitos aspectos de profecias relacionadas com os tempos do fim dependem da compreensão deste livro. Os comentários de Jesus no Sermão do Monte das Oliveiras (Mateus 24; 25) e muitas das revelações dadas ao apóstolo Paulo encontram harmonia e coesão em Daniel (ver Romanos 11; 2Tessalonicenses 2). Da mesma forma, Daniel se torna um companheiro de estudo necessário do Livro de Apocalipse.

Embora a interpretação de Daniel, como também Apocalipse, seja feita de maneira bastante diversificada, para muitos o enfoque da dispensação tornou-se bastante aceito. Esse enfoque na interpretação encontra em Daniel as chaves que ajudam a desvendar os mistérios de assuntos como o anticristo, a grande tribulação, a segunda vinda de Cristo, os Tempos dos Gentios, as ressurreições futuras e juízos. Esse enfoque também vê as profecias que ainda estão por se cumprir girando em torno de dois eixos principais:

1) o destino futuro da cidade de Jerusalém;
2) o destino futuro do povo de Daniel; judeus nacionais (9.24).

Os escritos de Daniel cobrem o governo de dois reinos, Babilônia e Medo– Persa, e quatro reis: Nabucodonosor (2.11-4.37); Belsazar (5.1-31); Dario (6.1-28) e Ciro (10.1-11.1).

A primeira vez que se vê Cristo é na figura do “quarto” ao lado de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego na fornalha de fogo (3.25). Os três permaneceram fiéis ao seu Deus; agora, Deus permanece fiel a eles no fogo do julgamento e livra-os, inclusive do “cheiro de fogo” (3.27).

Outra referência a Cristo se encontra na visão da noite de Daniel (7.13). Ele descreve “que vinha nas nuvens do céu um como o Filho do Homem”, referindo-se à segunda vinda de Cristo.

Outra visão de Cristo se acha em 10.5-6, onde a descrição de Jesus é bastante idêntica à de João em Apocalipse 1.13-16.

O Espírito Santo nunca anuncia sua presença em Daniel, mas está nitidamente em ação. A habilidade de Daniel e dos outros hebreus de interpretarem sonhos se devia ao poder do Espírito Santo. As profecias, tanto as que se aplicavam ao local quanto ao futuro, indicam discernimento sobrenatural dado a Daniel pelo Espírito Santo.

A Organização Livro

O livro se divide em duas partes fáceis de distinguir. A primeira (Capítulos 1 a 6) é principalmente histórica. A segunda (Capítulos 7 a 12) tem um cunho profético. Apesar disto o livro constitui uma unidade literária. Para defender tal unidade podem apresentar-se os seguintes argumentos:

• As diferentes partes do livro estão mutuamente relacionadas entre si. Se poderá compreender o uso dos copos do templo no banquete de Belsasar se for levado em conta como chegaram a Babilonia (Daniel 5.3; 1.1-2). No verso 3.12 se faz referência a uma medida administrativa de Nabucodonosor que se descreve no verso 2.49. No verso 9.21 se faz referência a uma visão prévia (Daniel 8.15-16).

• A parte histórica contém uma profecia (Daniel 2) estreitamente relacionada com o tema das profecias que se encontram na última parte do livro (Daniel 7 a 12). O capítulo 7 amplia o tema tratado no capítulo 2. Há também uma relação evidente entre elementos históricos e proféticos. A seção histórica (Daniel 1 a 6) constitui uma narração do trato de Deus com uma nação, Babilônia, e o papel desta no plano divino. Este relato tem o propósito de ilustrar a forma em que Deus trata a todas as nações. A semelhança do que ocorreu com Babilônia, cada um dos impérios mundiais sucessivos que se descrevem graficamente na parte profética do livro, recebeu uma oportunidade de conhecer a vontade divina e de cooperar com ela, e cada um teria de ser medido pela fidelidade com que cumpriu o propósito divino. Desta maneira o surgimento e a queda das nações representadas na parte profético devem compreender-se dentro do marco dos princípios expostos na parte histórica, vistos em ação no caso da Babilônia. Este fato converte às duas seções do livro numa unidade e mostrando o papel desempenhado por cada um dos impérios mundiais.
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2 comentários:

Unknown disse...

Excelente Elucidação acerca da dispensação!
Paz seja contigo...

JamesCondera disse...

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Graça e paz vos sejam multiplicadas, irmão Pensador.

Louvemos ao Senhor que nos dá entendimento de sua Maravilhosa Palavra, infelizmente, muitos em seus conhecimentos seculares, introduzem doutrinas adversas à vontade soberana do Senhor, levando assim, multidões após si, conseqüentemente, desviando-as do caminho de Deus...

Deus o abençoe e aos seus ricamente, e por sua valiosa visita ao nosso humilde blog.

Fraternalmente.

James, presbítero.
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