Contexto SAGRADAS ESCRITURAS, março, 2020


ICorinthios 10

E não tentemos a CHRISTO
E não murmureis, como tambem alguns delles murmurarão, e perecerão pelo destruidor.
E todas estas cousas lhes sobreviérão em figura, e estão escritas para nosso aviso, em quem ja os fins dos seculos são chegados.
O que pois cuida que está em pé, olhe que não caia.
[Almeida, 1850]

[782,630]


outubro 12, 2008

Conhecendo a Bíblia - 24ª parte - Lamentações de Jeremias

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LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS

Os Sofrimentos de Jerusalém em 586 a.C.

Como era o costume, os judeus usavam a primeira palavra do livro como seu título, e isso originalmente ficou conhecido como “ekah", “como!”. Essa palavra era comumente usada para significar “Ai!”, compara com seu uso em 2.1; 4.1; Isaías 1.21. Alguns também de referiam ao livro como "qinot" ou “lamentações”, e é assim que chegamos ao títulos que usamos.

O autor não é mencionado, mas tradições que vêm de muito antes de Cristo sustentam que Jeremias o tenha escrito. Existe muitas semelhanças entre os textos de Lamentações e Jeremias.
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Descreve a angústia que o pecado traz, em cinco lamentações. O crente tem, neste livro, a linguagem da sua própria confissão: auto-humilhação e invocação para perdão.

O povo de Judá foi capaz de pensar que eles eram a única raça escolhida por Deus.

Como tal, eles sentiram que poderiam sempre experimentar boas coisas. Deus tinha feito um concerto de bênçãos com eles, mas isto tudo era condicional. Uma descarada desobediência poderia significar que os bons aspectos das bênçãos poderiam ser substituídos por um castigo. O cumprimento das promessas de bênção podiam sempre pular algumas gerações de israelitas que eram desobedientes.

Os Livros de 2Reis e 2Crônicas descrevem o declínio moral do Reino de Judá (apesar das advertências proféticas), que conduzia à derrota e ao cativeiro (ver 2.17). Quando o rei Zedequias se rebelou contra os babilônios, aos quais o povo de Judá ficou sujeito. Nabucodonosor atacou Jerusalém (2Reis 24.20). Enquanto ele estava sitiando a cidade, o povo que estava dentro da cidade estava faminto. Quanto eles romperam o muro, Zedequias e os soldados procuraram fugir (2Reis 25.4). Mas eles logo foram levados cativos. Nubuzaradã, capitão da guarda de Nabucodonosor, destruiu a maior parte de Jerusalém, queimou o templo e levou a todos, exceto as pessoas mais pobres, para o exílio (2Reis 25.8-12).

Além disso, o livro está escrito em forma de acróstico. Isso quer dizer segundo o alfabeto hebraico. O alfabeto hebraico tem 22 letras. Todos os capítulos do livro têm 22 versículos menos do que capítulo 3. Cada versículo começa com uma letra do alfabeto hebraico sucessivamente, começando com a primeira e indo até a última letra. Capítulo 3 está escrito do mesmo jeito com uma diferença. Capítulo 3 está escrito em forma de acróstico também, mas em tercetos.

É um poema quíntuplo. Isso quer dizer que é um poema em cinco partes. Cada capítulo é uma parte do poema. Não são partes distintas ou desconectadas, mas ligadas e formam um poema só. Note que capítulos 1 e 5 são correspondentes, também capítulos 2 e 4 são correspondentes, e capítulo 3 fica só.

Os poemas deste livro parecem ter sido compostos durante e após o tempo no qual tudo isso estava acontecendo. Esses poemas se tornam especialmente penetrantes quando contratam as antigas bênçãos e forças de Judá com o caos e o sofrimento que seu pecado havia levado sobre si. O povo escolhido e protegido tinha perdido tudo e estava numa situação de desesperança. Tudo que tinha significado para esse povo havia sido destruído. Mas os poemas também descrevem o ministério de Jeremias, mandado novamente como profeta para falar a respeito das circunstâncias modificadas do povo de Deus. Ele ajudou o povo a dar a expressão necessária para as suas aflições e também deu conforto para ele. Ele também os ajudou a pensar a respeito da mão de Deus sobre eles em forma de castigo e ajudou para se submetessem penitentemente ao julgamento que eles mereceram até que isso tivesse passado (3.28-33) Somente após uma completa humilhação é que o povo estaria em condições de pensar sobre uma restauração.

Temas

As lamentações caracterizam seis temas principais, todos relacionados com o conceito de sofrimento:

O sofrimento deles era o resultado do seu pecado. Esse forte tema é visto em cada capítulo (como em 1.5; 2.14; 3.42; 4.13; 5.16). No tempo em que foram escritos, isso era obviamente aceito. Até mesmo os babilônios reconheceram o fato (Jeremias 40.3). Eles sabiam que o seu sofrimento não havia vindo sobre eles por acaso. Ele foi devido à ira de Deus provocada por seu pecado (2.1). Ele estava lidando com a situação espiritual deles, e eles tinham de sentir isso de modo pessoal.

O sofrimento deles era visto como se causado por Deus e não por seres humanos.

O sofrimento deles poderia conduzi-los a Deus. O profeta está constantemente consciente de Deus, dos seus propósitos e do relacionamento de Deus com seu povo. Aqui não há indicação de que o sofrimento seja resultado de um total abandono de Deus ou de uma erradicação dos seus princípios da mente deles.

Sofrimento, lágrimas e oração devem andar juntos. Eles foram encorajados a abrir seu coração a Deus, chorar diante dEle e contar a Ele todos os detalhes de sua dor, mágoa e frustração. Cada capítulo, exceto o 4º, termina com uma oração.

A oração deve ser sempre feita buscando algum fio de esperança. A oração nunca deve ser derrotada pela aflição. Após detalhadas descrições de sofrimento e aflição, nos primeiros dois capítulos e meio, uma nova compreensão parece surgir em 3.21-24. Aqui, fala acerca da esperança e, também, da misericórdia, compaixão e fidelidade de Deus. Isso era uma prova de que uma manifestação da disciplina de Deus não significava que o seu amor havia cessado. Quando a disciplina tivesse atingido seu propósito, as circunstâncias mudariam (3.31,32). Deus pode ter usado a Babilônia, mas isso não significava que os babilônios eram seus eleitos ou que era a favor de seus métodos cruéis (3.34-36). O futuro continha uma vindicação de Israel sobre seus inimigos (3.26-32).

A responsabilidade deles era de submeter pacientemente aos seus sofrimentos. As suas aflições tinham de ser aceitas com paciência, com a consciência de que isto iria terminar quando a vontade de Deus tivesse sido cumprida (3.26-32).

A aflição divina sobre o pecado de Israel (2.1-6) nos lembra que o Espírito Santo é, freqüentemente, entristecido pelo nosso comportamento (Isaías 63.10). O arrependimento é também uma manifestação da obra do Espírito Santo entre o povo de Deus (3.40-42; João 16.7-11).
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9 comentários:

Nido disse...

Deus seja sim, Louvado sempre!

Fiquei feliz pelo seu comentário em meu recente Blog. Deus realmente está em abençoando e me fortalecendo em Teu Amor; e a cada dia venho presenciando provas concretas de que estou sendo envolvido por esse Amor, e sendo transfromado.

Que Deus o inspire mais e mais!

JamesCondera disse...

A vós graça, e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo, irmão Nido!

A transformação que o Senhor nos faz é sentida em nosso ser como que, podendo tocarmos o Amor...

E, a dimensão desta transformação é transcrita em 1Coríntios 1.25,26: "Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens... Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes".

Deus o abençoe pela rica visita ao nosso humilde blog.

Fraternalmente.
James.

JamesCondera disse...

Graça a vós e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo, irmãos da Faculdade Teológica!

Louvamos ao Senhor que, nos fala por Seu infinito Amor e pela Sua maravilhosa Palavra.

Deus os abençoe por vossa rica visita ao nosso humilde blog.

Fraternalmente.
James.

Anchieta Campos disse...

Prezado amigo e irmão James, a paz do Senhor!

Há um bom tempo que estava sem deixar minhas palavras neste blog que, digo sem hipocrisia alguma, é um dos quais mais me "preocupo" e atento, por tudo o que nobre irmão representa de apoio e consideração para com a minha simples pessoa.

Mais um eficaz artigo em seu objetivo, qual seja, expor os livros bíblicos de uma maneira didática e prática, virtudes estas que, como já disse em oportunidades pretéritas e repito agora, fazem com que está importante sério de artigos entrem para a minha seleta pasta digital de teologia.

Forte abraço, companheiro de lutas.

Anchieta Campos

JamesCondera disse...

Graça e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus, e de Jesus nosso Senhor, amado irmão Anchieta Campos!

Prazerosa alegria nos traz vossa honrosa visita ao nosso humilde blog e suas preciosas palavras.

E, em amor, nunca deixarmos de expressar que, tudo seja feito para a honra e a glória do nome Santo de nosso Amado Senhor Salvador, Jesus Cristo.

Fraternalmente.
James.

EDIMAR SUELY disse...

A paz do Senhor,

Maravilhoso este post sobre Lamentações de Jeremias. Eu amo a história de Jeremias.

Desejo uma linda quin ta feira e muitya paz.

Graça e paz!

Edimar Suely
jesusminharocha.blig.ig.com.br

JamesCondera disse...

Graça a vós e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo, irmã Edimar Suely!

Realmente, amada, maravilhosa é a Palavra de Deus, com Suas histórias que tanto nos edifica...

Deus a abençoe por sua rica visita ao nosso humilde blog.

Fraternalmente.
James.

Cal disse...

Parabéns pelo post!

Obrigado pelo comentário, fico feliz quando alguém lê meus textos pouco bons o bastante para estar sendo postados. Mas fico feliz quando lêem!

Sobre o seu blog...
Gostei muito desse post sobre lamentações de Jeremias. Gosto de Jeremias.
Que Deus te ilumine sempre pra ajudar aos outros a lerem e entenderem a Biblia melhor!

abraços,
fique na paz, meu caro!

Anônimo disse...

Parabéns pelo seu Blog, ele é excelente e de grande ajuda a todos nós que desfrutamos de tudo que você tem postado.
fica com Deus!!!
Seminario Internacional Teologico de São Paulo