Contexto SAGRADAS ESCRITURAS, março, 2020


ICorinthios 10

E não tentemos a CHRISTO
E não murmureis, como tambem alguns delles murmurarão, e perecerão pelo destruidor.
E todas estas cousas lhes sobreviérão em figura, e estão escritas para nosso aviso, em quem ja os fins dos seculos são chegados.
O que pois cuida que está em pé, olhe que não caia.
[Almeida, 1850]

[782,630]


agosto 31, 2008

Conhecendo a Bíblia - 19ª parte

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O LIVRO DOS SALMOS

O Livro de Salmos é uma compilação de diversas coleções antigas de cânticos e poesias próprias para o uso tanto no culto congregacional quanto para a devoção particular. Em algumas coleções, os compiladores antigos reuniram a maior parte dos maravilhosos cânticos de Davi. Em outras, eles coletaram salmos de uma variedade de autores, como Moisés, Asafe, Hemã, os filhos de Corá, Salomão, Etã e Jedutum. Muitos são de fonte desconhecida. Os estudiosos judeus os chamam de “salmos órfãos”.

O Salmos, considerados individualmente, podem ter sido escritos em datas que vão desde o êxodo até a restauração depois do exílio babilônico. Mas as coleções menores parecem haver sido reunidas em períodos específicos da história de Israel: o reinado do rei Davi (1Crônicas 23.5); o governo de Ezequias (2Crônicas 29.30); e durante a liderança de Esdras e Neemias (Neemias 12.24). Esse processo de compilação ajuda a explicar a duplicação de alguns salmos. Por exemplo 14 é similar ao 53.

O Livro dos Salmos foi editado em sua forma atual, embora com diversas variações, na época em que a Septuaginta Grega foi traduzida do hebraico, alguns séculos antes do advento de Cristo.

Os texto Ugaríticos, quando contrastados com os recentes escritos do mar Morto, mostram que as imagens, o estilo e o paralelismo de alguns salmos refletem um vocabulário e estilo cananeus muito antigos. Assim, o Livro dos Salmos reflete o culto, a vida devocional e o sentimento religioso de cerca de mil anos da história de Israel.

O título hebraico deste livro, Sepher Tehillim, significa “Livro de Louvores”. Os títulos gregos, Psalmoi ou Psalterion, denotam um poema que deve ser acompanhado por um instrumento de cordas. Entretanto, o Saltério contém mais do que cânticos para o templo e hinos de louvor. Ele inclui elegias, lamentações, orações pessoais e patrióticas, petições, meditações, instruções e tributos em acrósticos sobre temas nobres.

Em sua forma final no cânon das Escrituras, o Livro dos Salmos é subdividido em cinco livros menores. Cada livro é uma compilação de diversas coleções antigas de cânticos e poemas. Uma doxologia apropriada foi colocada pelos editores no final de cada livro:

Livro I (Salmos 1-41), a maioria dos cânticos é atribuída a Davi;

Livro II (Salmos 42-72) é uma coleção de cânticos por, de, ou para os filhos de Corá, Asafe, Davi e Salomão; nessa coleção, quatro escritos permanecem anônimos;

Livro III (Salmos 73-89) é marcado por uma grande coleção de cânticos de Asafe. Asafe foi o chefe dos cantores do rei Davi (1Crônicas 16.4-7);

Livro IV (Salmos 90-106), embora a maioria dos salmos não tenha os seus autores citados, Moisés, Davi e Salomão também colaboraram;

Livro V (Salmos 107-150) registra-se vários cânticos de Davi, também está neste Livro V, à série de cânticos chamada de Hallel Egípcio (Salmos 113-118). Os cânticos finais nesse livro (Salmos 146-150) são conhecidos como o “Grande Hallel”. Cada cântico começa e termina com a exclamação hebraica de louvor, “Hallelujah!”.

Doxologia, expressão de louvor a Deus, no Novo Testamento emprega-se “bendito” (Mateus 21.9; Romanos 9.5; 2Coríntios 1.3; Efésios 1.3; 1Pedro 1.3) e “glória” (Lucas 2.14; Romanos 11.36; 1Timóteo 1.17; 1Pedro 4.11; Apocalipse 7.12).

Títulos informativos são encontrados no começo de muitos dos salmos. A preposição hebraica usada em muitos títulos pode ser traduzida de três maneiras: “a”,”para”, e “de”. Ou seja, “dedicado a”, “para o uso de” e “pertecente a”. Todos os títulos que descrevem a situação histórica do salmo tratam da vida de Davi. Os salmos 7, 34, 52, 54, 56, 57, 59 e 142 referem-se aos eventos ocorridos durante o problemático relacionamento de Davi com Saul; os Salmos 3, 18, 51, 60 e 63 cobrem o período em que Davi reinou sobre Judá e Israel.

Outros títulos precedentes aos salmos referem-se aos instrumentos usados no acompanhamento; à melodia ou música apropriada; que parte do coral deve guiar (por exemplo, soprano, tenor, baixo); ou que tipo de salmo é (por exemplo: meditação, oração). Alguns dos significados destas anotações musicais e litúrgicas são hoje desconhecidos.

Poesia Hebraica. Em lugar de rima de sons, a poesia e o cântico hebraicos são marcados pelo paralelismo, ou rima de idéias. A maioria do paralelismo é dística que expressam pensamentos sinônimos em cada linha (36.5). Outros são antíteses, em que a segunda linha expressa à negativa da linha precedente (20.8). Também há dísticos construtivos ou sintéticos, os quais tendem a adicionar ou a fortalecer um pensamento (19.8,9). Alguns poucos paralelismos são causais, apresentando a justificativa da primeira linha (31.21). Às vezes, o paralelismo envolve três linhas (1.1), quatro (33.2,3) ou mais linhas.

O Livro dos Salmos e os princípios de culto que eles refletem atendem à alma do homem e ao coração de Deus, pois é produto da obra do Espírito Santo. Davi, o principal colaborador do Livro dos Salmos, foi ungido pelo Espírito Santo (1Samuel 16.13). Essa unção não foi apenas pra o reinado, mas para o oficio de profeta (Atos 2.30); e as suas afirmações proféticas foram feitas pelo poder do Espírito Santo (Lucas 24.44; Atos 1.16). Na verdade, as letras desses cânticos foram compostas por inspiração do Espírito Santo (2Samuel 23.1,2), como também os planos de escolher maestros e corais com orquestras de acompanhamentos (1Crônicas 28.12,13).

Portanto, os Salmos são únicos e imensamente diferentes das obras de compositores seculares. Ambas podem refletir a profundidade da agonia experimenta pelo espírito humano atormentado, com toda a sua comoção, e expressar a alegria extasiante da alma libertada, mas apenas os Salmos chegam a um plano superior através da unção criativa do Espírito Santo.

Relatos específicos mostram que o Espírito Santo opera criando vida (104.30); que acompanha fielmente os crentes (139.7); que guia e instrui (143.10); que sustem o penitente (51.11-12).
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2 comentários:

juberd2008 disse...

Irmão James,

Graça e Paz, o livro dos Salmos, é um livro no qual estão registrados orações, súplicas, louvor. Um livro onde os fortes guerreiros, revelam seus conflitos e temores, mas os colocam na mão de Deus. De fato é maravilhoso. Parabéns pela postagem.

Abraço.

JamesCondera disse...

Graça e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus, e de Jesus nosso Senhor, irmão Juber!

Realmente é o que os Salmos e os princípios de culto que eles refletem, atendem ao coração de Deus e à alma do homem, pois é produto da obra do Espírito Santo...

Deus abençoe ao irmão e aos seus ricamente e pela rica visita ao nosso humilde blog.

Fraternalmente.
James.