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O LIVRO DOS SALMOS
O Livro de Salmos é uma compilação de diversas coleções antigas de cânticos e poesias próprias para o uso tanto no culto congregacional quanto para a devoção particular. Em algumas coleções, os compiladores antigos reuniram a maior parte dos maravilhosos cânticos de Davi. Em outras, eles coletaram salmos de uma variedade de autores, como Moisés, Asafe, Hemã, os filhos de Corá, Salomão, Etã e Jedutum. Muitos são de fonte desconhecida. Os estudiosos judeus os chamam de “salmos órfãos”.
O Salmos, considerados individualmente, podem ter sido escritos em datas que vão desde o êxodo até a restauração depois do exílio babilônico. Mas as coleções menores parecem haver sido reunidas em períodos específicos da história de Israel: o reinado do rei Davi (1Crônicas 23.5); o governo de Ezequias (2Crônicas 29.30); e durante a liderança de Esdras e Neemias (Neemias 12.24). Esse processo de compilação ajuda a explicar a duplicação de alguns salmos. Por exemplo 14 é similar ao 53.
O Livro dos Salmos foi editado em sua forma atual, embora com diversas variações, na época em que a Septuaginta Grega foi traduzida do hebraico, alguns séculos antes do advento de Cristo.
Os texto Ugaríticos, quando contrastados com os recentes escritos do mar Morto, mostram que as imagens, o estilo e o paralelismo de alguns salmos refletem um vocabulário e estilo cananeus muito antigos. Assim, o Livro dos Salmos reflete o culto, a vida devocional e o sentimento religioso de cerca de mil anos da história de Israel.
O título hebraico deste livro, Sepher Tehillim, significa “Livro de Louvores”. Os títulos gregos, Psalmoi ou Psalterion, denotam um poema que deve ser acompanhado por um instrumento de cordas. Entretanto, o Saltério contém mais do que cânticos para o templo e hinos de louvor. Ele inclui elegias, lamentações, orações pessoais e patrióticas, petições, meditações, instruções e tributos em acrósticos sobre temas nobres.
Em sua forma final no cânon das Escrituras, o Livro dos Salmos é subdividido em cinco livros menores. Cada livro é uma compilação de diversas coleções antigas de cânticos e poemas. Uma doxologia apropriada foi colocada pelos editores no final de cada livro:
Livro I (Salmos 1-41), a maioria dos cânticos é atribuída a Davi;
Livro II (Salmos 42-72) é uma coleção de cânticos por, de, ou para os filhos de Corá, Asafe, Davi e Salomão; nessa coleção, quatro escritos permanecem anônimos;
Livro III (Salmos 73-89) é marcado por uma grande coleção de cânticos de Asafe. Asafe foi o chefe dos cantores do rei Davi (1Crônicas 16.4-7);
Livro IV (Salmos 90-106), embora a maioria dos salmos não tenha os seus autores citados, Moisés, Davi e Salomão também colaboraram;
Livro V (Salmos 107-150) registra-se vários cânticos de Davi, também está neste Livro V, à série de cânticos chamada de Hallel Egípcio (Salmos 113-118). Os cânticos finais nesse livro (Salmos 146-150) são conhecidos como o “Grande Hallel”. Cada cântico começa e termina com a exclamação hebraica de louvor, “Hallelujah!”.
Doxologia, expressão de louvor a Deus, no Novo Testamento emprega-se “bendito” (Mateus 21.9; Romanos 9.5; 2Coríntios 1.3; Efésios 1.3; 1Pedro 1.3) e “glória” (Lucas 2.14; Romanos 11.36; 1Timóteo 1.17; 1Pedro 4.11; Apocalipse 7.12).
Títulos informativos são encontrados no começo de muitos dos salmos. A preposição hebraica usada em muitos títulos pode ser traduzida de três maneiras: “a”,”para”, e “de”. Ou seja, “dedicado a”, “para o uso de” e “pertecente a”. Todos os títulos que descrevem a situação histórica do salmo tratam da vida de Davi. Os salmos 7, 34, 52, 54, 56, 57, 59 e 142 referem-se aos eventos ocorridos durante o problemático relacionamento de Davi com Saul; os Salmos 3, 18, 51, 60 e 63 cobrem o período em que Davi reinou sobre Judá e Israel.
Outros títulos precedentes aos salmos referem-se aos instrumentos usados no acompanhamento; à melodia ou música apropriada; que parte do coral deve guiar (por exemplo, soprano, tenor, baixo); ou que tipo de salmo é (por exemplo: meditação, oração). Alguns dos significados destas anotações musicais e litúrgicas são hoje desconhecidos.
Poesia Hebraica. Em lugar de rima de sons, a poesia e o cântico hebraicos são marcados pelo paralelismo, ou rima de idéias. A maioria do paralelismo é dística que expressam pensamentos sinônimos em cada linha (36.5). Outros são antíteses, em que a segunda linha expressa à negativa da linha precedente (20.8). Também há dísticos construtivos ou sintéticos, os quais tendem a adicionar ou a fortalecer um pensamento (19.8,9). Alguns poucos paralelismos são causais, apresentando a justificativa da primeira linha (31.21). Às vezes, o paralelismo envolve três linhas (1.1), quatro (33.2,3) ou mais linhas.
O Livro dos Salmos e os princípios de culto que eles refletem atendem à alma do homem e ao coração de Deus, pois é produto da obra do Espírito Santo. Davi, o principal colaborador do Livro dos Salmos, foi ungido pelo Espírito Santo (1Samuel 16.13). Essa unção não foi apenas pra o reinado, mas para o oficio de profeta (Atos 2.30); e as suas afirmações proféticas foram feitas pelo poder do Espírito Santo (Lucas 24.44; Atos 1.16). Na verdade, as letras desses cânticos foram compostas por inspiração do Espírito Santo (2Samuel 23.1,2), como também os planos de escolher maestros e corais com orquestras de acompanhamentos (1Crônicas 28.12,13).
Portanto, os Salmos são únicos e imensamente diferentes das obras de compositores seculares. Ambas podem refletir a profundidade da agonia experimenta pelo espírito humano atormentado, com toda a sua comoção, e expressar a alegria extasiante da alma libertada, mas apenas os Salmos chegam a um plano superior através da unção criativa do Espírito Santo.
Relatos específicos mostram que o Espírito Santo opera criando vida (104.30); que acompanha fielmente os crentes (139.7); que guia e instrui (143.10); que sustem o penitente (51.11-12).
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Site a serviço de nosso SENHOR JESUS CRISTO, pregando a Palavra, a tempo e fora de tempo, redarguindo, repreendendo, exortando, com toda a longanimidade e doutrina [2Timóteo], porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade, [since 16/10/2007].
Contexto SAGRADAS ESCRITURAS, março, 2020
ICorinthios 10
“E não tentemos a CHRISTO
ICorinthios 10
“E não tentemos a CHRISTO
E não murmureis, como tambem alguns delles murmurarão, e perecerão pelo destruidor.
E todas estas cousas lhes sobreviérão em figura, e estão escritas para nosso aviso, em quem ja os fins dos seculos são chegados.
O que pois cuida que está em pé, olhe que não caia.” [Almeida, 1850]
E todas estas cousas lhes sobreviérão em figura, e estão escritas para nosso aviso, em quem ja os fins dos seculos são chegados.
O que pois cuida que está em pé, olhe que não caia.” [Almeida, 1850]
[782,630]
agosto 31, 2008
agosto 29, 2008
Salvai-vos desta geração perversa...
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Todas as vezes que leia a Palavra de Deus, a Bíblia, ouço a voz de nosso Amado Senhor Jesus dizendo:
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo...” mostre-as o Meu Amor... fala-lhes do meu sofrimento na cruz do Calvário por Amor de suas almas... ensina-as a amarem umas as outras... testemunhe do bem maior que Meu Pai vos preparou, a vida eterna... ore por elas ao vosso Pai que está nos céus...
Mas, infelizmente não é o que presencio dentro das igrejas, que se dizem protestantes...
Um amontoado de mercenários, buscando o seu deleito próprio, o seu bel prazer...
Jesus nos ensina a falarmos de seu nome Santo, mas muitos ‘evangélicos’ querem para si os melhores títulos, mas, o Espírito Santo nos ensina a buscarmos os melhores dons... muitos evangélicos se apresentam sustentando a nomenclatura que ‘compram’ ou constrangem outrem a lhes darem, hipócritas, apostam que os seus títulos os diferem dos outros...
Muitos estão preocupados em escrever e escrever livros, os quais por maioria das vezes, refletem suas particulares interpretações das Sagradas Escrituras, pastorecos de renome, que ao contrário de instruírem a meditação dia e noite da Bíblia (Neemias 8.8; Josué 1.8; Deuteronômio 4.10; Provérbios 22.6; Efésios 6.4), querem somente vender seus livros ‘evangélicos’, muitos deles usando seus blogs como vitrinas editoriais...
Centenas de mercenários dizimistas que, procuram a Cristo somente para barganhar bênçãos, pois, afirmam que Deus é fiel e tem que cumprir o que está escrito em Malaquias 3, “trazei os dízimos... fazei prova de mim... vos abrir as janelas do céu... derramar sobre vós uma benção tal...”, apregoam a famigerada teologia da prosperidade, enquanto, Deus, o nosso Deus, nos ensina que “Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação.” (1Timóteo 6.8; Habacuque 3.17,18)...
Por tudo isto, podemos ter certeza do entristecimento do coração de nosso Deus, que nos amou de tal maneira que nos deu Seu Filho Amado, e, esta geração incrédula e perversa, crucifica-O dia após dia...
Todas as vezes que leia a Palavra de Deus, a Bíblia, ouço a voz de nosso Amado Senhor Jesus dizendo:
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo...” mostre-as o Meu Amor... fala-lhes do meu sofrimento na cruz do Calvário por Amor de suas almas... ensina-as a amarem umas as outras... testemunhe do bem maior que Meu Pai vos preparou, a vida eterna... ore por elas ao vosso Pai que está nos céus...
Mas, infelizmente não é o que presencio dentro das igrejas, que se dizem protestantes...
Um amontoado de mercenários, buscando o seu deleito próprio, o seu bel prazer...
Jesus nos ensina a falarmos de seu nome Santo, mas muitos ‘evangélicos’ querem para si os melhores títulos, mas, o Espírito Santo nos ensina a buscarmos os melhores dons... muitos evangélicos se apresentam sustentando a nomenclatura que ‘compram’ ou constrangem outrem a lhes darem, hipócritas, apostam que os seus títulos os diferem dos outros...
Muitos estão preocupados em escrever e escrever livros, os quais por maioria das vezes, refletem suas particulares interpretações das Sagradas Escrituras, pastorecos de renome, que ao contrário de instruírem a meditação dia e noite da Bíblia (Neemias 8.8; Josué 1.8; Deuteronômio 4.10; Provérbios 22.6; Efésios 6.4), querem somente vender seus livros ‘evangélicos’, muitos deles usando seus blogs como vitrinas editoriais...
Centenas de mercenários dizimistas que, procuram a Cristo somente para barganhar bênçãos, pois, afirmam que Deus é fiel e tem que cumprir o que está escrito em Malaquias 3, “trazei os dízimos... fazei prova de mim... vos abrir as janelas do céu... derramar sobre vós uma benção tal...”, apregoam a famigerada teologia da prosperidade, enquanto, Deus, o nosso Deus, nos ensina que “Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação.” (1Timóteo 6.8; Habacuque 3.17,18)...
Por tudo isto, podemos ter certeza do entristecimento do coração de nosso Deus, que nos amou de tal maneira que nos deu Seu Filho Amado, e, esta geração incrédula e perversa, crucifica-O dia após dia...
agosto 26, 2008
Conhecendo a Bíblia - 18ª parte
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O LIVRO DE JÓ
A autoria de Jó é incerta. Alguns eruditos atribuem o livro a Moisés. Outros atribuem a um dos antigos sábios, cujos escritos podem se encontrados em Provérbios ou Eclesiastes. Talvez o próprio Salomão tenha sido seu autor.
Os procedimentos, os costumes e o estilo de vida geral do livro de Jó são do período patriarcal (por volta de 2000 aC). Apesar dos estudiosos não concordarem quanto à época em que foi compilado, este texto é obviamente o registro de uma tradição oral muito antiga.
A própria Escritura atesta que Jó foi uma pessoa real. Ele é citado em Ezequiel 14.14 e Tiago 5.11. Acredita-se que era descendente de Naor, irmão de Abraão. Conhecia Deus pelo nome de “Shaddai” - o Todo Poderoso. Há 30 referências a Shaddai no Livro de Jó. Ele era um homem rico e levava um estilo de vida seminômade.
O Livro de Jó tem sido chamado de “poema dramático de uma história épica”. Os caps 1-2 são um prólogo que descreve o cenário da história. Satanás apresenta-se ao Senhor, junto com os filhos de Deus, e desafia a piedade de Jó, dizendo: “Porventura, teme Jó a Deus debalde?” (1.9). Vai mais longe e sugere que se Jó perdesse tudo o que possuía, amaldiçoaria a Deus. Deus dá licença a satanás para provar a fé que tinha Jó, privando-o de sua riqueza, da sua família e, finalmente, da sua saúde. Mesmo assim, “em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios” (2.10). Jó, então, é visitado por três amigos: Elifaz, o temanita, Bildade, o suíta e Zofar, o naamatita, que ficam impressionados pela deplorável condição de Jó que permanecem sentados com Jó durante sete dias sem dizer uma só palavra.
A maior parte do livro é composta por três diálogos entre Jó e Zofar, seguidos pelo desafio de Eliú a Jó. Os quatro homens tentam responder a pergunta: “Por que sofre Jó?”
Elifaz, argumentando a partir da sua experiência, declara que Jó sofre porque pecou. Argumenta que aqueles que pecam são punidos. Como Jó está sofrendo, obviamente pecou.
Bildade, sustentando sua autoridade na tradição, sugere que Jó é um hipócrita. Também faz a inferência de que se os problemas vieram, então Jó deve ter pecado. “Se fores puro e reto, certamente, logo despertará por ti” (8.6).
Zofar condena Jó por verbosidade, presunção, e pecaminosidade, concluindo que Jó está recebendo menos do que merece: “Pelo que sabe Deus exige de ti menos do que merece a tua iniqüidade” (11.6).
Os três homens chegam basicamente à mesma conclusão: o sofrimento é conseqüência direta do pecado, e a iniqüidade é sempre punida. Argumentam que é possível avaliar o favor ou desfavor de Deus a alguém pela prosperidade ou adversidade material. Assumem erroneamente que o povo pode compreender os caminhos de Deus sem levar em conta o fato de que as bênçãos e a retribuição divina podem ir além da vida presente.
Na sua resposta aos seus amigos, Jó reafirma a sua inocência, dizendo que a experiência prova que tanto o justo como o injusto sofrem, e ambos desfrutam momentos de prosperidade. Lamenta o seu estado deplorável e as suas tremendas perdas, expressando a sua tristeza em relação a eles por acusarem-no em lugar de trazer-lhe consolo.
Depois que os três amigos terminam, um jovem, chamado Eliú, confronta-se com Jó, que prefere não responder suas acusações. O argumento de Eliú pode ser resumido desta maneira: Deus é maior do que qualquer ser humano, isso significa que nenhuma pessoa tenha o direito ou autoridade de exigir uma explicação dele. Argumenta que o ser humano não consegue entender algumas coisas que Deus faz. Ao mesmo tempo, Eliú sugere que Deus irá falar se ouvirmos. A sua ênfase está na atitude do sofredor, ou seja, uma atitude de humildade levará Deus a intervir. Essa é a essência da sua mensagem: em vez de aprender com o seu sofrimento, Jó demonstra a mesma atitude dos ímpios para com Deus, e esta é a razão pela qual ainda está sofrendo aflição. O apelo de Eliú a Jó é:
1) ter fé verdadeira em Deus, em vez de ficar pedindo explicação;
2) Mudar a sua atitude para uma atitude de humildade.
Não se deve concluir que todas as objeções dos amigos de Jó representem tudo o que se pensava de Deus durante aquela época. Na medida em que a revelação da natureza de Deus foi se fazendo conhecida através da história e das Escrituras, descobrimos que algumas dessas opiniões eram incompletas. Evidentemente, isso não faz com que o texto seja menos inspirado, antes nos dá um relato inspirado pelo Espírito Santo dos incidentes como realmente aconteceram.
Quando os quatro concluíram, Deus respondeu a Jó de dentro de um remoinho. A resposta de deus não é uma explicação dos sofrimentos de Jó, mas, através de uma série de perguntas, Deus procura tornar Jó mais humilde. Quando relemos a fala de Deus através do remoinho, tiramos três conclusões a respeito do sofrimento de Jó:
1) não aparece a intenção de se revelar a Jó a causa dos seus sofrimentos. Deus não podia, provavelmente, explicar alguns aspectos do sofrimento humano, no momento em que acontece, sem o risco de destruir o próprio objetivo que esse sofrimento é destinado a cumprir;
2) Deus se envolve com a realidade do ser humano: Jó e o seu sofrimento são suficientes que Deus fale com ele;
3) o propósito de Deus também era o de levar Jó a abrir mão da sua justiça própria, da sua defesa própria e sabedoria auto-suficiente, de forma que pudesse buscar esses valores em Deus.
Eliú, em seu debate com Jó, faz três declarações significativas sobre o papel do Espírito Santo no relacionamento do povo com Deus.
Em 32.8, declara que o nível de compreensão de uma pessoa não está relacionado à sua idade ou etapa de vida, mas é antes o resultado da operação do Espírito de Deus. O Espírito é o autor da sabedoria dando a cada um a capacidade de conhecer e tirar lições pessoais das coisas que acontecem na vida. Assim, conhecimento e sabedoria são bênçãos do Espírito aos homens.
O Espírito de Deus é também a fonte da própria vida (33.4). Se não fosse pela influência direta do Espírito, o homem como nós o conhecemos não teria chegado a existir. Assim foi na criação original do homem, e assim continua sendo. Eliú declara que a sua própria existência dá testemunho do poder criador do Espírito. O Espírito de Deus é o Espírito da vida.
Como o Espírito de Deus dá vida e sabedoria ao homem, ele também é essencial à própria continuidade da raça humana. Se Deus tivesse que desviar a sua atenção para outro lugar, se tivesse que retirar o seu Espírito-que-dá-vida deste mundo, certamente a história humana chegaria ao seu fim (34.14,15). A intenção de Eliú é deixar claro que Deus não é caprichoso nem egoísta, pois cuida do ser humano, sustenta-o de forma constante pela abundante presença do seu Espírito. Dessa forma, o Espírito Santo no livro de Jó é o criador e mantenedor da vida, conferindo–lhe significado e racionalidade.
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O LIVRO DE JÓ
A autoria de Jó é incerta. Alguns eruditos atribuem o livro a Moisés. Outros atribuem a um dos antigos sábios, cujos escritos podem se encontrados em Provérbios ou Eclesiastes. Talvez o próprio Salomão tenha sido seu autor.
Os procedimentos, os costumes e o estilo de vida geral do livro de Jó são do período patriarcal (por volta de 2000 aC). Apesar dos estudiosos não concordarem quanto à época em que foi compilado, este texto é obviamente o registro de uma tradição oral muito antiga.
A própria Escritura atesta que Jó foi uma pessoa real. Ele é citado em Ezequiel 14.14 e Tiago 5.11. Acredita-se que era descendente de Naor, irmão de Abraão. Conhecia Deus pelo nome de “Shaddai” - o Todo Poderoso. Há 30 referências a Shaddai no Livro de Jó. Ele era um homem rico e levava um estilo de vida seminômade.
O Livro de Jó tem sido chamado de “poema dramático de uma história épica”. Os caps 1-2 são um prólogo que descreve o cenário da história. Satanás apresenta-se ao Senhor, junto com os filhos de Deus, e desafia a piedade de Jó, dizendo: “Porventura, teme Jó a Deus debalde?” (1.9). Vai mais longe e sugere que se Jó perdesse tudo o que possuía, amaldiçoaria a Deus. Deus dá licença a satanás para provar a fé que tinha Jó, privando-o de sua riqueza, da sua família e, finalmente, da sua saúde. Mesmo assim, “em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios” (2.10). Jó, então, é visitado por três amigos: Elifaz, o temanita, Bildade, o suíta e Zofar, o naamatita, que ficam impressionados pela deplorável condição de Jó que permanecem sentados com Jó durante sete dias sem dizer uma só palavra.
A maior parte do livro é composta por três diálogos entre Jó e Zofar, seguidos pelo desafio de Eliú a Jó. Os quatro homens tentam responder a pergunta: “Por que sofre Jó?”
Elifaz, argumentando a partir da sua experiência, declara que Jó sofre porque pecou. Argumenta que aqueles que pecam são punidos. Como Jó está sofrendo, obviamente pecou.
Bildade, sustentando sua autoridade na tradição, sugere que Jó é um hipócrita. Também faz a inferência de que se os problemas vieram, então Jó deve ter pecado. “Se fores puro e reto, certamente, logo despertará por ti” (8.6).
Zofar condena Jó por verbosidade, presunção, e pecaminosidade, concluindo que Jó está recebendo menos do que merece: “Pelo que sabe Deus exige de ti menos do que merece a tua iniqüidade” (11.6).
Os três homens chegam basicamente à mesma conclusão: o sofrimento é conseqüência direta do pecado, e a iniqüidade é sempre punida. Argumentam que é possível avaliar o favor ou desfavor de Deus a alguém pela prosperidade ou adversidade material. Assumem erroneamente que o povo pode compreender os caminhos de Deus sem levar em conta o fato de que as bênçãos e a retribuição divina podem ir além da vida presente.
Na sua resposta aos seus amigos, Jó reafirma a sua inocência, dizendo que a experiência prova que tanto o justo como o injusto sofrem, e ambos desfrutam momentos de prosperidade. Lamenta o seu estado deplorável e as suas tremendas perdas, expressando a sua tristeza em relação a eles por acusarem-no em lugar de trazer-lhe consolo.
Depois que os três amigos terminam, um jovem, chamado Eliú, confronta-se com Jó, que prefere não responder suas acusações. O argumento de Eliú pode ser resumido desta maneira: Deus é maior do que qualquer ser humano, isso significa que nenhuma pessoa tenha o direito ou autoridade de exigir uma explicação dele. Argumenta que o ser humano não consegue entender algumas coisas que Deus faz. Ao mesmo tempo, Eliú sugere que Deus irá falar se ouvirmos. A sua ênfase está na atitude do sofredor, ou seja, uma atitude de humildade levará Deus a intervir. Essa é a essência da sua mensagem: em vez de aprender com o seu sofrimento, Jó demonstra a mesma atitude dos ímpios para com Deus, e esta é a razão pela qual ainda está sofrendo aflição. O apelo de Eliú a Jó é:
1) ter fé verdadeira em Deus, em vez de ficar pedindo explicação;
2) Mudar a sua atitude para uma atitude de humildade.
Não se deve concluir que todas as objeções dos amigos de Jó representem tudo o que se pensava de Deus durante aquela época. Na medida em que a revelação da natureza de Deus foi se fazendo conhecida através da história e das Escrituras, descobrimos que algumas dessas opiniões eram incompletas. Evidentemente, isso não faz com que o texto seja menos inspirado, antes nos dá um relato inspirado pelo Espírito Santo dos incidentes como realmente aconteceram.
Quando os quatro concluíram, Deus respondeu a Jó de dentro de um remoinho. A resposta de deus não é uma explicação dos sofrimentos de Jó, mas, através de uma série de perguntas, Deus procura tornar Jó mais humilde. Quando relemos a fala de Deus através do remoinho, tiramos três conclusões a respeito do sofrimento de Jó:
1) não aparece a intenção de se revelar a Jó a causa dos seus sofrimentos. Deus não podia, provavelmente, explicar alguns aspectos do sofrimento humano, no momento em que acontece, sem o risco de destruir o próprio objetivo que esse sofrimento é destinado a cumprir;
2) Deus se envolve com a realidade do ser humano: Jó e o seu sofrimento são suficientes que Deus fale com ele;
3) o propósito de Deus também era o de levar Jó a abrir mão da sua justiça própria, da sua defesa própria e sabedoria auto-suficiente, de forma que pudesse buscar esses valores em Deus.
Eliú, em seu debate com Jó, faz três declarações significativas sobre o papel do Espírito Santo no relacionamento do povo com Deus.
Em 32.8, declara que o nível de compreensão de uma pessoa não está relacionado à sua idade ou etapa de vida, mas é antes o resultado da operação do Espírito de Deus. O Espírito é o autor da sabedoria dando a cada um a capacidade de conhecer e tirar lições pessoais das coisas que acontecem na vida. Assim, conhecimento e sabedoria são bênçãos do Espírito aos homens.
O Espírito de Deus é também a fonte da própria vida (33.4). Se não fosse pela influência direta do Espírito, o homem como nós o conhecemos não teria chegado a existir. Assim foi na criação original do homem, e assim continua sendo. Eliú declara que a sua própria existência dá testemunho do poder criador do Espírito. O Espírito de Deus é o Espírito da vida.
Como o Espírito de Deus dá vida e sabedoria ao homem, ele também é essencial à própria continuidade da raça humana. Se Deus tivesse que desviar a sua atenção para outro lugar, se tivesse que retirar o seu Espírito-que-dá-vida deste mundo, certamente a história humana chegaria ao seu fim (34.14,15). A intenção de Eliú é deixar claro que Deus não é caprichoso nem egoísta, pois cuida do ser humano, sustenta-o de forma constante pela abundante presença do seu Espírito. Dessa forma, o Espírito Santo no livro de Jó é o criador e mantenedor da vida, conferindo–lhe significado e racionalidade.
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agosto 18, 2008
Conhecendo a Bíblia - 17ª parte
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O LIVRO DE ESTER
O nome do autor é desconhecido. Mas o livro foi escrito por um judeu que conhecia os costumes e a linguagem dos persas. Talvez Mardoqueu ou Esdras tenha sido o autor, é uma narração bem elaborada, que relata como o povo de Deus foi preservado da ruína durante o séc. V aC.
O livro toma seu nome de uma mulher judia, bela e órfã, que se tornou rainha do rei persa Assuero. Acredita-se que este rei tenha sido Xerxes I, que sucedeu Dario I, em 485 aC, e governou 127 províncias, desde a Índia até a Etiópia, durante vinte anos. Viveu em Susã, a capital persa. Naquela época, certo número de judeus ainda se encontrava na Babilônia sob o governo persa, embora tivesse liberdade para retornar a Jerusalém (Ester 1-2). A história se desenrola num período de quatro anos, iniciando no terceiro ano do reinado de Xerxes.
Ester é um estudo da sobrevivência do povo de Deus em meio à hostilidade. Hamã, o homem mais importante depois do rei, deseja a aniquilação dos judeus. Ele manipula o rei para que execute os judeus. Entretanto, Deus usou da insônia do rei (6.1-3), para exaltar seu servo (Mardoqueu) pelo seu inimigo (Hamã), Deus zela por seu povo de dia e de noite. Ester é introduzida em cena e Deus faz uso dela para salvar seu povo. Hamã é enforcado; e Mardoqueu, líder dos judeus no Império Persa, se torna o segundo depois do rei Assuero. A festa de Purim é instituída para marca a libertação dos judeus.
Um aspecto peculiar no Livro de Ester é que o nome de Deus não é mencionado. No entanto, vestígios de Deus e seus caminhos transparecem em todo o livro, especialmente na vida de Ester e Mardoqueu. Da perspectiva humana, Ester e Mardoqueu foram as duas pessoas do povo menos indicadas para desempenhar funções importantes na formação da nação. Ele era um judeu benjamita exilado; ela era prima órfã de Mardoqueu, adotada por este (2.7). A maturidade espiritual de Ester se percebe na virtude dela saber esperar pelo momento que Deus julgou adequado, para, então, pedir ao rei a salvação do povo e denunciar Hamã (5.6-8; 7.3-6). Mardoqueu também revela maturidade para aguardar que Deus lhe indicasse a ocasião correta e lhe orientasse. Em conseqüência, ele soube o tempo certo de Ester desvendar sua identidade judaica (2.10). Esta espera divinamente orientada provou ser crucial (6.1-14; 7.9,10) e comprova a base espiritual do livro.
Finalmente, tanto Ester quanto Mardoqueu temiam a Deus, não a homens. Independentemente das conseqüências, Mardoqueu recusou-se a prestar honras a Hamã. Ester arriscou sua vida por amor do seu povo quando foi ao rei sem ter sido convidada. A missão de Ester e Mardoqueu sempre foi salvar a vida que o inimigo planejava destruir (2.21-23; 4.1-17; 7.1-6; 8.3-6) Como resultado, conduziram a nação à liberdade, foram honrados pelo rei e receberam autoridade, privilégios e responsabilidades.
Embora não se mencione diretamente o Espírito Santo, sua ação produziu em Ester e Mardoqueu profunda humildade, conduzindo-os ao amor mútuo e à lealdade (Romanos 5.5) O Espírito Santo também dirigiu e fortaleceu Ester para jejuar pelo seu povo e pedir que este fizesse o mesmo. (Romanos 8.26,27).
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O LIVRO DE ESTER
O nome do autor é desconhecido. Mas o livro foi escrito por um judeu que conhecia os costumes e a linguagem dos persas. Talvez Mardoqueu ou Esdras tenha sido o autor, é uma narração bem elaborada, que relata como o povo de Deus foi preservado da ruína durante o séc. V aC.
O livro toma seu nome de uma mulher judia, bela e órfã, que se tornou rainha do rei persa Assuero. Acredita-se que este rei tenha sido Xerxes I, que sucedeu Dario I, em 485 aC, e governou 127 províncias, desde a Índia até a Etiópia, durante vinte anos. Viveu em Susã, a capital persa. Naquela época, certo número de judeus ainda se encontrava na Babilônia sob o governo persa, embora tivesse liberdade para retornar a Jerusalém (Ester 1-2). A história se desenrola num período de quatro anos, iniciando no terceiro ano do reinado de Xerxes.
Ester é um estudo da sobrevivência do povo de Deus em meio à hostilidade. Hamã, o homem mais importante depois do rei, deseja a aniquilação dos judeus. Ele manipula o rei para que execute os judeus. Entretanto, Deus usou da insônia do rei (6.1-3), para exaltar seu servo (Mardoqueu) pelo seu inimigo (Hamã), Deus zela por seu povo de dia e de noite. Ester é introduzida em cena e Deus faz uso dela para salvar seu povo. Hamã é enforcado; e Mardoqueu, líder dos judeus no Império Persa, se torna o segundo depois do rei Assuero. A festa de Purim é instituída para marca a libertação dos judeus.
Um aspecto peculiar no Livro de Ester é que o nome de Deus não é mencionado. No entanto, vestígios de Deus e seus caminhos transparecem em todo o livro, especialmente na vida de Ester e Mardoqueu. Da perspectiva humana, Ester e Mardoqueu foram as duas pessoas do povo menos indicadas para desempenhar funções importantes na formação da nação. Ele era um judeu benjamita exilado; ela era prima órfã de Mardoqueu, adotada por este (2.7). A maturidade espiritual de Ester se percebe na virtude dela saber esperar pelo momento que Deus julgou adequado, para, então, pedir ao rei a salvação do povo e denunciar Hamã (5.6-8; 7.3-6). Mardoqueu também revela maturidade para aguardar que Deus lhe indicasse a ocasião correta e lhe orientasse. Em conseqüência, ele soube o tempo certo de Ester desvendar sua identidade judaica (2.10). Esta espera divinamente orientada provou ser crucial (6.1-14; 7.9,10) e comprova a base espiritual do livro.
Finalmente, tanto Ester quanto Mardoqueu temiam a Deus, não a homens. Independentemente das conseqüências, Mardoqueu recusou-se a prestar honras a Hamã. Ester arriscou sua vida por amor do seu povo quando foi ao rei sem ter sido convidada. A missão de Ester e Mardoqueu sempre foi salvar a vida que o inimigo planejava destruir (2.21-23; 4.1-17; 7.1-6; 8.3-6) Como resultado, conduziram a nação à liberdade, foram honrados pelo rei e receberam autoridade, privilégios e responsabilidades.
Embora não se mencione diretamente o Espírito Santo, sua ação produziu em Ester e Mardoqueu profunda humildade, conduzindo-os ao amor mútuo e à lealdade (Romanos 5.5) O Espírito Santo também dirigiu e fortaleceu Ester para jejuar pelo seu povo e pedir que este fizesse o mesmo. (Romanos 8.26,27).
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agosto 10, 2008
Neemias: Vamos Construir!
...
O inverno estava chegando em 445 a.C., e Neemias estava na cidadela em Susã, a sede do governo persa. Uma geração antes, no mesmo lugar, Ester e Mordecai conseguiram salvar os judeus da matança tramada por Hamã. Neemias estava entre os judeus que ainda moravam fora do seu país, mesmo 90 anos depois da volta de Zorobabel para reconstruir o templo e povoar novamente a cidade de Jerusalém. Neemias foi copeiro do rei, uma pessoa respeitada pelo homem mais poderoso do mundo.
Hanani fez a viagem de 1.600 quilômetros de Jerusalém a Susã para visitar seu irmão, Neemias. As notícias que ele levou entristeceram Neemias. Hanani disse que o povo de Jerusalém encontrava-se numa situação precária e insegura, sujeito às agressões dos povos que controlavam as regiões adjacentes à cidade.
Neemias, extremamente preocupado com o bem-estar dos seus parentes e compatriotas, chorou, jejuou e orou ao Senhor. Ele baseou suas petições nas grandes promessas de Deus, certo da fidelidade de Deus em cumprir a sua palavra. Pediu que Deus estivesse com ele diante do rei da Pérsia.
Lição: Devemos buscar a vontade de Deus e o bem de seu povo.
Quatro meses depois, já no início da primavera, Neemias teve sua oportunidade de agir. O rei Artaxerxes percebeu a tristeza de seu copeiro, e perguntou o motivo. Neemias explicou a sua preocupação com o povo em Jerusalém. Quando o rei ofereceu ajuda, Neemias orou a Deus e fez seus pedidos ao rei:
• Licença para ir a Jerusalém para reedificar a cidade,
• Cartas para assegurar sua passagem pelas províncias no caminho, e
• Autorização para o uso de madeiras da floresta na construção. Pela bondade de Deus, o rei deu tudo que Neemias pediu, e este partiu para Jerusalém.
Lição: É importante orar e planejar antes de agir.
A Vistoria da Obra (Neemias 2:11-16)
Neemias chegou em Jerusalém sem fanfarra, e esperou três dias antes de começar o seu trabalho. Ele saiu de noite, levando poucos homens, sem anunciar o seu propósito. Naquela noite, Neemias percorreu a cidade de Jerusalém, fazendo vistoria das muralhas. Antes de dar alguma orientação ao povo, ele precisava entender a situação.
Lição: Devemos entender os problemas antes de propor as soluções.
O Apelo ao Povo (Neemias 2:17-18)
Depois de terminar sua vistoria, Neemias falou com o povo e fez seus apelos. Ele falou sobre
• O problema – a miséria do povo,
• A necessidade de agir para resolver o problema, e
• A dependência em Deus para alcançar a solução.
Lição: Para resolver qualquer problema espiritual, precisamos considerar as mesmas três coisas.
A Resposta dos Judeus (Neemias 2:18)
Neemias não pretendeu fazer a obra sozinho. Precisou da cooperação do povo para edificar as muralhas. Os judeus se mostraram dispostos e começaram os seus preparativos para o trabalho de construção.
Lição: O trabalho bem-sucedido no reino de Deus depende da nossa disposição e cooperação.
A Oposição (Neemias 2:10,19-20)
Ao longo do relato da construção, há referências à oposição dos povos vizinhos. Eles não queriam deixar Jerusalém ficar forte e próspera, e fizeram tudo que foi possível para intimidar o povo e impedir a obra. Neemias não cedeu à pressão dos adversários. Ele confiou em Deus, e recusou dar ouvidos aos adversários. Eles até sugeriram que o trabalho fosse ilegal, procurando provocar medo de problemas com o governo, mas Neemias não cedeu. Deus estava com ele, e as ameaças dos adversários não impediriam o trabalho do Senhor (6:9). Em outras épocas da história bíblica, os servos do Senhor enfrentaram perseguições severas, até levando à morte de vários discípulos. Mas confiaram no Senhor e prosseguiam na obra, apesar das ameaças reais dos inimigos. “Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida” (Apocalipse 12:11).
Lição: Deus é mais forte do que todos os seus adversários. Se confiarmos nele, teremos bom êxito no trabalho.
A Cooperação Prática na Obra (Neemias 3:1-32)
O capítulo três de Neemias, na minha opinião, é o mais bonito do livro. A primeira vista, pode não perceber a beleza dele, pois contém uma lista de nomes e detalhes geográficos. Mas estes nomes e referências a lugares mostram como cada família e cada pessoa contribuíram à obra de construção. Uma família assumiu a responsabilidade de edificar um trecho do muro, enquanto outra ergueu o próximo. Do sumo sacerdote e maiorais do povo aos residentes comuns de Jerusalém e de outras cidades judaicas, o povo pôs a mão à massa e trabalhou dia e noite. Neemias comentou sobre este espírito de cooperação: “Assim, edificamos o muro... porque o povo tinha ânimo para trabalhar” (4:6). Quantas vezes falhamos em nosso trabalho diante do Senhor por motivo de desânimo? O dever precisa vencer o desânimo!
Lição: Devemos ser servos humildes – todos nós – dispostos e ativos no trabalho de Deus.
A Proteção Divina e a Responsabilidade Humana (Neemias 4:1-23)
Devido à disposição do povo para trabalhar, as muralhas chegaram à metade de sua altura, e começaram a fechar as brechas. Neemias ouviu que os inimigos se preparavam para atacar a cidade. A reação dele mostra uma atitude excelente de fé e responsabilidade: “Porém nós oramos ao nosso Deus e, como proteção, pusemos guarda contra eles, de dia e de noite” (4:9). Quando enfrentamos desafios na vida, não devemos ficar de braços cruzados. Devemos fazer o que podemos, dentro dos papéis definidos pelo Senhor, para resolver os problemas. Por outro lado, seria tolice achar que todas as soluções se encontram em nossas mãos. Devemos, como Neemias, orar ao Senhor e confiar nele para cuidar das coisas que são maiores do que nós.
Lição: O servo de Deus vive pela fé e ora sem cessar, mas não foge da responsabilidade de cumprir os seus deveres.
A Luta pela Família (Neemias 4:12-14)
Quando Neemias organizou os trabalhadores para se defenderem contra os adversários, ele chamou todos a pelejarem pelas próprias famílias (4:14). O desejo de salvar as próprias famílias motivou os judeus a trabalharem e vigiarem constantemente. Deve ter o mesmo efeito em nossas vidas. Mas as ameaças maiores hoje são os ataques espirituais que o adversário faz constantemente, bombardeando as nossas famílias com tentações que ameaçam nos levar à perdição.
Lição: Pelejemos pela família!
A Obra Terminada (6:15-16)
Depois de duas gerações de empecilhos e desculpas, Neemias e o povo se dispuseram a trabalhar e realizaram a obra em apenas 52 dias! Quantas vezes procrastinamos e imaginamos muitos motivos para não fazer o nosso dever, quando o trabalho em si poderia ser realizado em pouco tempo?
Lição: Deixemos de lado as nossas desculpas. Mãos ao trabalho!
Neemias e o povo de Judá aceitaram o desafio e realizaram uma obra importante na construção dos muros de Jerusalém. Aprendemos muitas lições importantes do bom exemplo deles.
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O inverno estava chegando em 445 a.C., e Neemias estava na cidadela em Susã, a sede do governo persa. Uma geração antes, no mesmo lugar, Ester e Mordecai conseguiram salvar os judeus da matança tramada por Hamã. Neemias estava entre os judeus que ainda moravam fora do seu país, mesmo 90 anos depois da volta de Zorobabel para reconstruir o templo e povoar novamente a cidade de Jerusalém. Neemias foi copeiro do rei, uma pessoa respeitada pelo homem mais poderoso do mundo.
Hanani fez a viagem de 1.600 quilômetros de Jerusalém a Susã para visitar seu irmão, Neemias. As notícias que ele levou entristeceram Neemias. Hanani disse que o povo de Jerusalém encontrava-se numa situação precária e insegura, sujeito às agressões dos povos que controlavam as regiões adjacentes à cidade.
Neemias, extremamente preocupado com o bem-estar dos seus parentes e compatriotas, chorou, jejuou e orou ao Senhor. Ele baseou suas petições nas grandes promessas de Deus, certo da fidelidade de Deus em cumprir a sua palavra. Pediu que Deus estivesse com ele diante do rei da Pérsia.
Lição: Devemos buscar a vontade de Deus e o bem de seu povo.
Quatro meses depois, já no início da primavera, Neemias teve sua oportunidade de agir. O rei Artaxerxes percebeu a tristeza de seu copeiro, e perguntou o motivo. Neemias explicou a sua preocupação com o povo em Jerusalém. Quando o rei ofereceu ajuda, Neemias orou a Deus e fez seus pedidos ao rei:
• Licença para ir a Jerusalém para reedificar a cidade,
• Cartas para assegurar sua passagem pelas províncias no caminho, e
• Autorização para o uso de madeiras da floresta na construção. Pela bondade de Deus, o rei deu tudo que Neemias pediu, e este partiu para Jerusalém.
Lição: É importante orar e planejar antes de agir.
A Vistoria da Obra (Neemias 2:11-16)
Neemias chegou em Jerusalém sem fanfarra, e esperou três dias antes de começar o seu trabalho. Ele saiu de noite, levando poucos homens, sem anunciar o seu propósito. Naquela noite, Neemias percorreu a cidade de Jerusalém, fazendo vistoria das muralhas. Antes de dar alguma orientação ao povo, ele precisava entender a situação.
Lição: Devemos entender os problemas antes de propor as soluções.
O Apelo ao Povo (Neemias 2:17-18)
Depois de terminar sua vistoria, Neemias falou com o povo e fez seus apelos. Ele falou sobre
• O problema – a miséria do povo,
• A necessidade de agir para resolver o problema, e
• A dependência em Deus para alcançar a solução.
Lição: Para resolver qualquer problema espiritual, precisamos considerar as mesmas três coisas.
A Resposta dos Judeus (Neemias 2:18)
Neemias não pretendeu fazer a obra sozinho. Precisou da cooperação do povo para edificar as muralhas. Os judeus se mostraram dispostos e começaram os seus preparativos para o trabalho de construção.
Lição: O trabalho bem-sucedido no reino de Deus depende da nossa disposição e cooperação.
A Oposição (Neemias 2:10,19-20)
Ao longo do relato da construção, há referências à oposição dos povos vizinhos. Eles não queriam deixar Jerusalém ficar forte e próspera, e fizeram tudo que foi possível para intimidar o povo e impedir a obra. Neemias não cedeu à pressão dos adversários. Ele confiou em Deus, e recusou dar ouvidos aos adversários. Eles até sugeriram que o trabalho fosse ilegal, procurando provocar medo de problemas com o governo, mas Neemias não cedeu. Deus estava com ele, e as ameaças dos adversários não impediriam o trabalho do Senhor (6:9). Em outras épocas da história bíblica, os servos do Senhor enfrentaram perseguições severas, até levando à morte de vários discípulos. Mas confiaram no Senhor e prosseguiam na obra, apesar das ameaças reais dos inimigos. “Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida” (Apocalipse 12:11).
Lição: Deus é mais forte do que todos os seus adversários. Se confiarmos nele, teremos bom êxito no trabalho.
A Cooperação Prática na Obra (Neemias 3:1-32)
O capítulo três de Neemias, na minha opinião, é o mais bonito do livro. A primeira vista, pode não perceber a beleza dele, pois contém uma lista de nomes e detalhes geográficos. Mas estes nomes e referências a lugares mostram como cada família e cada pessoa contribuíram à obra de construção. Uma família assumiu a responsabilidade de edificar um trecho do muro, enquanto outra ergueu o próximo. Do sumo sacerdote e maiorais do povo aos residentes comuns de Jerusalém e de outras cidades judaicas, o povo pôs a mão à massa e trabalhou dia e noite. Neemias comentou sobre este espírito de cooperação: “Assim, edificamos o muro... porque o povo tinha ânimo para trabalhar” (4:6). Quantas vezes falhamos em nosso trabalho diante do Senhor por motivo de desânimo? O dever precisa vencer o desânimo!
Lição: Devemos ser servos humildes – todos nós – dispostos e ativos no trabalho de Deus.
A Proteção Divina e a Responsabilidade Humana (Neemias 4:1-23)
Devido à disposição do povo para trabalhar, as muralhas chegaram à metade de sua altura, e começaram a fechar as brechas. Neemias ouviu que os inimigos se preparavam para atacar a cidade. A reação dele mostra uma atitude excelente de fé e responsabilidade: “Porém nós oramos ao nosso Deus e, como proteção, pusemos guarda contra eles, de dia e de noite” (4:9). Quando enfrentamos desafios na vida, não devemos ficar de braços cruzados. Devemos fazer o que podemos, dentro dos papéis definidos pelo Senhor, para resolver os problemas. Por outro lado, seria tolice achar que todas as soluções se encontram em nossas mãos. Devemos, como Neemias, orar ao Senhor e confiar nele para cuidar das coisas que são maiores do que nós.
Lição: O servo de Deus vive pela fé e ora sem cessar, mas não foge da responsabilidade de cumprir os seus deveres.
A Luta pela Família (Neemias 4:12-14)
Quando Neemias organizou os trabalhadores para se defenderem contra os adversários, ele chamou todos a pelejarem pelas próprias famílias (4:14). O desejo de salvar as próprias famílias motivou os judeus a trabalharem e vigiarem constantemente. Deve ter o mesmo efeito em nossas vidas. Mas as ameaças maiores hoje são os ataques espirituais que o adversário faz constantemente, bombardeando as nossas famílias com tentações que ameaçam nos levar à perdição.
Lição: Pelejemos pela família!
A Obra Terminada (6:15-16)
Depois de duas gerações de empecilhos e desculpas, Neemias e o povo se dispuseram a trabalhar e realizaram a obra em apenas 52 dias! Quantas vezes procrastinamos e imaginamos muitos motivos para não fazer o nosso dever, quando o trabalho em si poderia ser realizado em pouco tempo?
Lição: Deixemos de lado as nossas desculpas. Mãos ao trabalho!
Neemias e o povo de Judá aceitaram o desafio e realizaram uma obra importante na construção dos muros de Jerusalém. Aprendemos muitas lições importantes do bom exemplo deles.
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agosto 08, 2008
Conhecendo a Bíblia - 16ª parte
...
O LIVRO DE NEEMIAS
O título atual do livro é derivado do seu personagem principal, cujo nome aparece em 1.1. A nossa primeira imagem de Neemias é quando ele aparece em seu papel de copeiro na corte de Artaxerxes. Um copeiro tinha uma posição de grande confiança como conselheiro do rei e a responsabilidade de proteger o rei de envenenamento. Enquanto Neemias, sem dúvida, desfrutava o luxo do palácio, o seu coração estava em Jerusalém, uma pequena cidade nas longínquas fronteiras do império.
A oração, o jejum, as qualidade de liderança, a poderosa eloqüência, as habilidades organizacionais criativas, a confiança nos planos de Deus e a rápida e decisiva resposta aos problemas qualificavam Neemias como um grande líder e como um grande homem de Deus. Mais importante ainda: ele deixa transparecer um espírito de sacrifício, cujo único interesse é resumido na sua repetida oração: “Lembra-te de mim pra bem, ó meu Deus!”
Nas escrituras, o livro de Neemias formava uma unidade com Esdras. Muitos estudiosos consideram Esdras como o autor/compilador de Esdras-Neemias bem como de 1 e 2Crônicas. Ainda que não tenhamos muita certeza, parece que Neemias contribuiu com parte do material contido no livro que leva o seu nome (caps.1-7; 11-13). Neemias significa “Jeová consola”. A história começa no livro de Esdras e se completa em Neemias, que serviu duas vezes como governador da Judéia, deixa a Pérsia para realizar a sua primeira missão no vigésimo ano de Artaxerxes I da Pérsia, que reinou de 465 até 424 aC (2.1). Retorna à Pérsia no trigésimo segundo ano de reinado de Artaxerxes (13.6) e volta novamente para Jerusalém “ao cabo de alguns dias”.
Pelo conteúdo do livro, sabe-se que a obra somente pode ter sido escrita algum tempo depois da volta de Neemias da Pérsia para Jerusalém. Talvez a sua redação final tenha sido completada antes da morte de Artaxerxes I em 424 aC; ao contrário, a morte de um monarca tão benigno provavelmente teria sido mencionada em Neemias.
O período histórico coberto pelos livros de Esdras e Neemias é de cerca de 110 anos. O período de reconstrução do templo sob Zorobabel, inspirado pela pregação de Zacarias e Ageu, foi de 21 anos. 60 anos mais tarde, Esdras causou um despertar do fervor religioso e promoveu um ensino adequado sobre o culto no templo. 13 anos depois, Neemias veio pra construir os muros. Talvez Malaquias tenha profetizado durante aquela época. Se foi assim, Neemias e Malaquias trabalharam juntos para erradicar o mal que significava o culto a muitos deuses e atacaram o pecado da associação com o povo que havia sido forçada a recolonizar aquelas regiões pelos assírios cerca de 200 anos antes. Tiveram tanto sucesso, que durante o período intertestamental o povo de Deus não voltou à idolatria. Dessa maneira, quando veio o Messias, pessoas como Isabel e Zacarias, Maria e José, Simeão, Ana, os pastores e outros eram pessoas piedosas com que Deus iria se comunicar.
Neemias expressa o lado prático, a vivência diária da nossa fé em Deus. Esdras havia conduzido o povo a uma renovação espiritual, enquanto Neemias era o Tiago do AT, desafiando o povo a mostrar a sua fé por meio das obras.
A primeira seção do livro (caps. 1-7) fala sobre a construção do muro. Era necessário para que Judá e Benjamim continuassem a existir como nação. Durante o período da construção dos muros, os crentes comprometidos, guiados por esse líder dinâmico, venceram a preguiça (4.6), zombaria (2.20), conspiração (3.9) e ameaças de agressão física (4.17).
A segunda seção do Livro (caps. 8-10) é dirigida ao povo que vivia dentro dos muros. A aliança foi renovada. Os inimigos que moravam na cidade foram exposto e tratados com muita dureza. Para guiar esse povo, Deus escolheu um homem de coração reto e com uma visão clara dos temas em questão, colocou-o no lugar certo no momento certo, equipou-o com o seu Espírito e o enviou pra fazer proezas.
Na última seção (caps.11-13), o povo é restaurado à obediência da Palavra de Deus, enquanto Neemias, o leigo, trabalha junto com Esdras, o profeta. Como governador durante esse período, Neemias usou a influência do seu cargo para apoiar a Esdras e exercer uma liderança espiritual. Aqui se revela um homem que planeja sabiamente suas ações (“considerei comigo mesmo no meu coração”) e um homem cheio de ousadia (“contendi com os nobres”)
Desde a criação, o Espírito Santo tem sido o braço executivo de Deus na terra. Eliú falou a verdade quando disse a Jó: “O Espírito de Deus na terra me fez” (Jó 33.4). Aqui aparece um padrão constante: é o Espírito de Deus que age para fazer de nós o que Deus quer que sejamos. Neemias 2.18 diz: “Então, lhes declarei como a mão do meu Deus me fora favorável.” A mão de Deus, seu modo de agir sobre a terra, é o Espírito Santo.
Neemias, foi claramente um instrumento do Espírito Santo. Sob o poder do Espírito Santo, certamente se tornou modelo da forma de atuar do Espírito Santo e foi um dos primeiros cumprimentos dessa memorável profecia.
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O LIVRO DE NEEMIAS
O título atual do livro é derivado do seu personagem principal, cujo nome aparece em 1.1. A nossa primeira imagem de Neemias é quando ele aparece em seu papel de copeiro na corte de Artaxerxes. Um copeiro tinha uma posição de grande confiança como conselheiro do rei e a responsabilidade de proteger o rei de envenenamento. Enquanto Neemias, sem dúvida, desfrutava o luxo do palácio, o seu coração estava em Jerusalém, uma pequena cidade nas longínquas fronteiras do império.
A oração, o jejum, as qualidade de liderança, a poderosa eloqüência, as habilidades organizacionais criativas, a confiança nos planos de Deus e a rápida e decisiva resposta aos problemas qualificavam Neemias como um grande líder e como um grande homem de Deus. Mais importante ainda: ele deixa transparecer um espírito de sacrifício, cujo único interesse é resumido na sua repetida oração: “Lembra-te de mim pra bem, ó meu Deus!”
Nas escrituras, o livro de Neemias formava uma unidade com Esdras. Muitos estudiosos consideram Esdras como o autor/compilador de Esdras-Neemias bem como de 1 e 2Crônicas. Ainda que não tenhamos muita certeza, parece que Neemias contribuiu com parte do material contido no livro que leva o seu nome (caps.1-7; 11-13). Neemias significa “Jeová consola”. A história começa no livro de Esdras e se completa em Neemias, que serviu duas vezes como governador da Judéia, deixa a Pérsia para realizar a sua primeira missão no vigésimo ano de Artaxerxes I da Pérsia, que reinou de 465 até 424 aC (2.1). Retorna à Pérsia no trigésimo segundo ano de reinado de Artaxerxes (13.6) e volta novamente para Jerusalém “ao cabo de alguns dias”.
Pelo conteúdo do livro, sabe-se que a obra somente pode ter sido escrita algum tempo depois da volta de Neemias da Pérsia para Jerusalém. Talvez a sua redação final tenha sido completada antes da morte de Artaxerxes I em 424 aC; ao contrário, a morte de um monarca tão benigno provavelmente teria sido mencionada em Neemias.
O período histórico coberto pelos livros de Esdras e Neemias é de cerca de 110 anos. O período de reconstrução do templo sob Zorobabel, inspirado pela pregação de Zacarias e Ageu, foi de 21 anos. 60 anos mais tarde, Esdras causou um despertar do fervor religioso e promoveu um ensino adequado sobre o culto no templo. 13 anos depois, Neemias veio pra construir os muros. Talvez Malaquias tenha profetizado durante aquela época. Se foi assim, Neemias e Malaquias trabalharam juntos para erradicar o mal que significava o culto a muitos deuses e atacaram o pecado da associação com o povo que havia sido forçada a recolonizar aquelas regiões pelos assírios cerca de 200 anos antes. Tiveram tanto sucesso, que durante o período intertestamental o povo de Deus não voltou à idolatria. Dessa maneira, quando veio o Messias, pessoas como Isabel e Zacarias, Maria e José, Simeão, Ana, os pastores e outros eram pessoas piedosas com que Deus iria se comunicar.
Neemias expressa o lado prático, a vivência diária da nossa fé em Deus. Esdras havia conduzido o povo a uma renovação espiritual, enquanto Neemias era o Tiago do AT, desafiando o povo a mostrar a sua fé por meio das obras.
A primeira seção do livro (caps. 1-7) fala sobre a construção do muro. Era necessário para que Judá e Benjamim continuassem a existir como nação. Durante o período da construção dos muros, os crentes comprometidos, guiados por esse líder dinâmico, venceram a preguiça (4.6), zombaria (2.20), conspiração (3.9) e ameaças de agressão física (4.17).
A segunda seção do Livro (caps. 8-10) é dirigida ao povo que vivia dentro dos muros. A aliança foi renovada. Os inimigos que moravam na cidade foram exposto e tratados com muita dureza. Para guiar esse povo, Deus escolheu um homem de coração reto e com uma visão clara dos temas em questão, colocou-o no lugar certo no momento certo, equipou-o com o seu Espírito e o enviou pra fazer proezas.
Na última seção (caps.11-13), o povo é restaurado à obediência da Palavra de Deus, enquanto Neemias, o leigo, trabalha junto com Esdras, o profeta. Como governador durante esse período, Neemias usou a influência do seu cargo para apoiar a Esdras e exercer uma liderança espiritual. Aqui se revela um homem que planeja sabiamente suas ações (“considerei comigo mesmo no meu coração”) e um homem cheio de ousadia (“contendi com os nobres”)
Desde a criação, o Espírito Santo tem sido o braço executivo de Deus na terra. Eliú falou a verdade quando disse a Jó: “O Espírito de Deus na terra me fez” (Jó 33.4). Aqui aparece um padrão constante: é o Espírito de Deus que age para fazer de nós o que Deus quer que sejamos. Neemias 2.18 diz: “Então, lhes declarei como a mão do meu Deus me fora favorável.” A mão de Deus, seu modo de agir sobre a terra, é o Espírito Santo.
Neemias, foi claramente um instrumento do Espírito Santo. Sob o poder do Espírito Santo, certamente se tornou modelo da forma de atuar do Espírito Santo e foi um dos primeiros cumprimentos dessa memorável profecia.
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agosto 02, 2008
Conhecendo a Bíblia - 15ª parte
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O LIVRO DE ESDRASO livro de Esdras, cujo nome provavelmente signifique “O Senhor tem ajudado”, deriva o seu título do personagem principal dos caps. 7-10. A opinião conservadora e geralmente aceita é de que Esdras tenha compilado ou escrito este livro juntamente com 1 e 2Crônicas e Neemias. A Bíblia hebraica reconhecia Esdras e Neemias como um só livro.
O próprio Esdras era um sacerdote, um “... escriba das palavras, dos mandamentos do SENHOR” (7.11). Liderou o segundo dos três grupos que retornaram da Babilônia para Jerusalém. Como homem devoto, estabeleceu firmemente a Lei (o Pentateuco) como a base da fé (7.10).
Os eventos de Esdras cobrem um período um pouco maior do que 80 anos e caem em dois segmentos distintos. O primeiro (caps.1-6) cobre um período de cerca de 23 anos e tem como tema o primeiro grupo que retorna do exílio sob Zorobabel e a reconstrução do templo.
Depois de mais de 60 anos de cativeiro babilônico, Deus desperta o coração do regente da Babilônia, o rei Ciro da Pérsia, Isaías 44.28, para publicar um edito que dizia que todo judeu que assim desejasse poderia retornar pra Jerusalém a fim de reconstruir o templo e a cidade . Um grupo de fiéis responde e partiu em 538 aC. sob a liderança de Zorobabel. A construção do templo é iniciada, mas a oposição dos habitantes não judeus desencoraja o povo, e a obra é interrompida. Deus, então, levanta os ministérios proféticos de Ageu e Zacarias, que chamam o povo para completar a obra. Embora bem menos esplêndido que o templo anterior, o de Salomão, o novo templo é completado e dedicado em 515 aC.
Aproximadamente 60 anos depois (458 aC.), outro grupo de exilados volta para Jerusalém liderados por Esdras (caps. 7-10). São enviados pelo rei persa Artaxerxes, com somas adicionais de dinheiro e valores para intensificar o culto no templo. Esdras também é comissionado para apontar líderes em Jerusalém para supervisionar o povo. Já em Jerusalém, Esdras assumiu o ministério de reformador espiritual, o que deve ter durado cerca de um ano. Sacerdote dedicado, Esdras encontra um Israel que tinha adotado muitas das práticas dos habitantes pagãos; ele chama Israel ao arrependimento e a uma renovada submissão à Lei, ao ponto do divórcio de suas esposas pagãs.
Duas grandes mensagens emergem de Esdras: a fidelidade de Deus e a infidelidade do homem.
Deus havia prometido através de Jeremias (25.12) que o cativeiro babilônico teria duração limitada. No momento apropriado, cumpriu fielmente a sua promessa e induziu o espírito do rei Ciro da Pérsia a publicar um edito para o retorno dos exilados (1.1-4). Fielmente, concedeu liderança (Zorobabel e Esdras), e os exilados são enviados com despojos, incluindo itens que haviam sido saqueados do templo de Salomão (1.5-10).
Quando o povo desanimou por causa da zombaria dos inimigos, Deus fielmente levantou Ageu e Zacarias para encorajar o povo a completar a obra. O estímulo dos profetas trouxe resultados (5.1,2).
Finalmente, quando o povo se desviou das verdades da Sua palavra, Deus fielmente enviou um sacerdote dedicado que habilidosamente instruiu o povo na verdade, chamando-o à confissão de pecado e ao arrependimento dos seus caminhos perversos (caps. 9-10).
A fidelidade de Deus é contrastada com a infidelidade do povo. Apesar do seu retorno e das promessas divinas, o povo se deixou influenciar pelos seus inimigos e desistiu temporariamente (4.24). Posteriormente, depois de completada a obra, de forma que pudesse adorar a Deus em seu próprio templo (6.16-18), o povo se tornou desobediente aos mandamentos de Deus; desenvolve-se uma geração inteira cujas “... iniqüidades se multiplicaram sobre as vossas cabeças” (9.6). Contudo, como foi dito acima, a fidelidade de Deus triunfa em cada situação.
A obra do Espírito Santo em Esdras pode ser vista claramente na ação providencial de Deus em cumprir as suas promessas. Isto é indicado pela frase “a mão do Senhor”, que aparece seis vezes.
Foi pelo Espírito que “... despertou o Senhor o espírito de Ciro...” (1.1) e “... tinha mudado o coração do rei da Assíria...” (6.22). Teria sido também pelo Espírito Santo que “E Ageu, profeta e Zacarias... profetizaram aos Judeus...” (5.1). A obra do Espírito Santo é vista na vida pessoal de Esdras, tanto no sentido de obrar nele (“Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar a Lei do Senhor...”, 7.10), como no sentido de atuar em seu favor (“... o rei lhe deu tudo quanto lhe pedira”. 7.6).
A atitude de Esdras descreve bem a disposição que cada cristão deve mostrar no serviço ao Senhor: "Porque Esdras tinha disposto o coração para buscar a Lei do Senhor, e para a cumprir, e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos" (7.10). Esse servo se ofereceu ao serviço de Deus com coração disposto. Mas, um coração bom precisa ser aplicado com toda reverência e respeito para com Deus.
Observe as duas coisas que Esdras fez:
Buscou a Lei. Antes de mais nada, o discípulo do Senhor precisa conhecer a palavra do Mestre. Jesus mandou que conheçamos a verdade, a Palavra de Deus (João 8.32; 17.17). Conhecimento sem aplicação na própria vida não adianta. "Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos" (Tiago 1.22).
Ensinou a Palavra aos outros. A palavra que ouvimos deve ser transmitida a outras pessoas (2Timóteo 2.2; Hebreus 5.12).
O escriba e sacerdote Esdras nos serve como excelente exemplo. Cada cristão deve imitar a atitude dele. Com corações dispostos, devemos buscar, cumprir e ensinar a palavra de Deus.
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agosto 01, 2008
A Vida Normal da Igreja, Watchman Nee
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É um fato notável que embora o livro de Atos contenha muitos pormenores com referência ao trabalho de um apóstolo, o único assunto que, de um ponto de vista humano, é de suprema importância, não é considerado. Não há informação de espécie alguma quanto às necessidades da obra ou às necessidades pessoais dos obreiros.
Isto, certamente, é de surpreender!
O que os homens consideram de máxima importância, para os apóstolos é de mínima conseqüência. Nos primeiros dias da Igreja os enviados de Deus saíram constrangidos pelo amor divino.
O trabalho deles não era intelectual mas espiritual, não apenas teórico mas intensamente prático.
O amor e a fidelidade de Deus eram realidades para eles, e sendo assim, não havia problema em suas mentes quanto ao suprimento de suas necessidades temporais.
Esta questão das finanças tem aspectos muitíssimo importantes.
Em graça, Deus é o poder máximo, porém no mundo, Mamom é o máximo. Se os servos de Deus não resolverem claramente o problema de suas finanças, então eles deixam um vasto número de problemas insolúveis também. Uma vez resolvido o problema financeiro, é surpreendente verificar quantos problemas se resolvem automaticamente com ele. A atitude dos obreiros cristãos quanto às questões financeiras será um indício razoavelmente bom quanto a serem eles comissionados ou não por Deus.
Se a obra é de Deus, a atitude será espiritual.
Se os suprimentos não se encontram num plano espiritual, então a própria obra derivará rapidamente para o plano dos negócios seculares.
Não há aspecto da obra que toque problemas práticos tão verdadeiramente quantos suas finanças.
Importância da Vida de Fé
Cada obreiro, não importa qual seu ministério, deve exercitar a fé para a satisfação de todas as suas necessidades pessoais e todas as necessidades de seu trabalho.
Na Palavra de Deus nada lemos de qualquer obreiro pedindo ou recebendo salário por seus serviços.
Não há precedente nas Escrituras que mostre os servos de Deus em busca de recursos humanos para o atendimento de suas necessidades.
Lemos, sim, de um Balaão que procurou fazer comércio de seu dom de profeta, porém ele é denunciado em termos que não deixam dúvida.
Também lemos de um Geazi que procurou auferir lucro da graça de Deus, mas o seu pecado o tornou leproso.
Nenhum servo de Deus deveria procurar qualquer agência humana, seja individualmente ou em sociedade, para a satisfação de suas necessidades temporais.
Se elas podem ser satisfeitas pelo labor de suas próprias mãos ou por via de renda particular, está tudo muito bem. Não sendo assim, ele deve depender diretamente de Deus para o atendimento delas, como o faziam os primeiros apóstolos.
Os Doze Apóstolos que o Senhor enviou não tinham salário estabelecido, como também não tinha qualquer dos apóstolos que o Espírito Santo enviou; eles simplesmente contavam com o Senhor para a satisfação de suas exigências.
Se um homem confia em Deus, que vá e trabalhe para Ele.
Se não, que fique em casa, pois lhe falta a primeira qualificação para o trabalho.
Há uma idéia predominante de que se um obreiro tem uma renda estabelecida ele pode ficar mais à vontade para o trabalho e, conseqüentemente, fazê-lo melhor, mas, para falar com franqueza, na obra espiritual há necessidade de uma renda incerta, pois essa necessita de íntima comunhão com Deus, constante revelação clara de Sua vontade, e apoio divino direto.
Nos negócios seculares, tudo o que um trabalhador precisa a título de equipamento é vontade e talento, porém o zelo humano e o dom, natural não constituem equipamento para serviço espiritual.
É necessário depender inteiramente de Deus se o trabalho há de ser de acordo com Sua vontade; portanto Deus deseja que Seus obreiros recorram somente a Ele em busca de recursos financeiros, e assim não deixem de andar nEle continuamente.
Quanto mais se cultivar uma atitude de dependência confiante de Deus, tanto mais espiritual será o trabalho.
Assim está claro que a natureza da obra e a fonte de seu suprimento se relacionam estreitamente.
A fé é o fator mais importante no serviço de Deus, pois sem ela não pode haver trabalho verdadeiramente espiritual.
Nossa fé exige treinamento e fortalecimento, e as necessidades materiais são um meio de que Deus Se serve para este fim.
Podemos professar ter fé em Deus por uma vasta variedade de coisas intangíveis, e podemos enganar-nos a nós mesmos crendo que realmente confiamos nEle quando na realidade não confiamos, simplesmente porque nada há de concreto para demonstrar nossa desconfiança.
Mas quando se trata de necessidades financeiras, a assunto é tão prático que a realidade de nossa fé é posta à prova de imediato.
Além disso, quem tem a bolsa tem autoridade.
Se os homens nos sustentam, eles controlam nosso trabalho.
É de esperar-se que se recebemos renda de determinada fonte, devemos prestar contas de nossos atos a essa fonte.
Sempre que nossa confiança está posta nos homens, nossa obra só pode ser influenciada por homens.
Em Sua própria obra Deus deve ter a direção exclusiva.
É por isso que Ele quer que não dependamos de fonte humana para os recursos financeiros.
Muitos de nós temos experimentado a freqüência com que Deus nos tem controlado através de questões de dinheiro. Quando estivemos no centro da Sua vontade, os recursos foram certos, mas tão logo nos distanciamos no contato vital com Ele, eles foram incertos.
Às vezes nossa fantasia imagina Deus querendo que façamos determinada coisa, porém Ele nos mostrou que tal não era a Sua vontade porque reteve os recursos financeiros.
De modo que temos estado sob a constante direção de Deus, e tal direção é muitíssimo preciosa.
Se temos verdadeira fé em Deus, então temos de arcar com toda a responsabilidade de nossas próprias necessidades e as necessidades da obra.
Não devemos esperar, secretamente, pela ajuda de alguma fonte humana. Devemos ter fé somente em Deus, não em Deus mais o homem. Se os irmãos mostram seu amor, demos graças a Deus, porém se não o fazem, ainda assim Lhe demos graças.
É uma coisa vergonhosa para um servo de Deus ter um olho nEle e outro no homem ou nas circunstâncias.
Nosso viver pela fé há de ser absolutamente real, e não deteriorar-se num "viver pela caridade".
Ousamos ser totalmente independentes dos homens em questões financeiras porque ousamos crer totalmente em Deus. Ousamos lançar fora toda esperança neles porque temos plena confiança em Deus.
Se nossa esperança está nos homens, então quando seus recursos se esgotarem os nossos também se esgotarão.
Não temos nenhuma "Junta" atrás de nós, porém temos uma "Rocha" sob nosso pés, e quem se firma nessa Rocha jamais será envergonhado.
Os homens e as circunstâncias podem mudar, mas nós continuaremos num curso firme se nossa confiança está em Deus.
A Ele pertence toda prata e ouro, e ninguém que anda em Sua vontade pode vir a ter necessidade.
Os dois passos iniciais na obra de Deus são: primeiro a oração da fé pelos fundos necessários, depois o verdadeiro início da obra.
Hoje, ai de nós! Muitos dos que se dizem servos de Deus não tem fé, entretanto procuram servir-lhe.
Dão início à obra sem que para isso tenham qualificação essencial; portanto, o que eles fazem não tem valor espiritual.
A fé é o primeiro fundamento em qualquer trabalho para Deus, e deveria ser exercitada em relação às necessidades materiais assim como em relação a outras.
VIVENDO DO EVANGELHO
Nosso Senhor disse: "... digno é o trabalhador do seu salário..." (Lucas 10.7);
e Paulo escreveu aos Coríntios: "Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho, que vivam do evangelho" (1Coríntios 9.14).
Qual é o significado de viver do evangelho?
Não significa que o servo de Deus deva receber da igreja uma verba definida, porquanto o sistema moderno de serviço remunerado na obra de Deus era desconhecido nos dias de Paulo. Significa que os pregadores do Evangelho podem receber donativos dos irmãos, porém não há estipulações feitas com relação a tais donativos.
Nenhum período de tempo é nomeado, nenhuma soma definida de dinheiro, nenhuma responsabilidade definida; tudo é uma questão de livre vontade. À medida que Deus toca o coração dos crentes, eles fazem donativos a Seus servos, de sorte que embora esses servos recebam donativos através dos homens, a confiança deles está inteiramente em Deus.
É nEle que seus olhos estão fixos, é a Ele que contam suas necessidades, e é Ele que toca o coração de Seus filhos para dar.
Isso é o que Paulo queria dizer quando falou de viver do Evangelho.
O próprio Paulo recebeu donativo da igreja em Filipos (Filipenses 4.16), e quando ele estava em Corinto os irmãos da Macedônia o ajudaram (2Coríntios 11.9). Esses são exemplos de viver do Evangelho.
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É um fato notável que embora o livro de Atos contenha muitos pormenores com referência ao trabalho de um apóstolo, o único assunto que, de um ponto de vista humano, é de suprema importância, não é considerado. Não há informação de espécie alguma quanto às necessidades da obra ou às necessidades pessoais dos obreiros.
Isto, certamente, é de surpreender!
O que os homens consideram de máxima importância, para os apóstolos é de mínima conseqüência. Nos primeiros dias da Igreja os enviados de Deus saíram constrangidos pelo amor divino.
O trabalho deles não era intelectual mas espiritual, não apenas teórico mas intensamente prático.
O amor e a fidelidade de Deus eram realidades para eles, e sendo assim, não havia problema em suas mentes quanto ao suprimento de suas necessidades temporais.
Esta questão das finanças tem aspectos muitíssimo importantes.
Em graça, Deus é o poder máximo, porém no mundo, Mamom é o máximo. Se os servos de Deus não resolverem claramente o problema de suas finanças, então eles deixam um vasto número de problemas insolúveis também. Uma vez resolvido o problema financeiro, é surpreendente verificar quantos problemas se resolvem automaticamente com ele. A atitude dos obreiros cristãos quanto às questões financeiras será um indício razoavelmente bom quanto a serem eles comissionados ou não por Deus.
Se a obra é de Deus, a atitude será espiritual.
Se os suprimentos não se encontram num plano espiritual, então a própria obra derivará rapidamente para o plano dos negócios seculares.
Não há aspecto da obra que toque problemas práticos tão verdadeiramente quantos suas finanças.
Importância da Vida de Fé
Cada obreiro, não importa qual seu ministério, deve exercitar a fé para a satisfação de todas as suas necessidades pessoais e todas as necessidades de seu trabalho.
Na Palavra de Deus nada lemos de qualquer obreiro pedindo ou recebendo salário por seus serviços.
Não há precedente nas Escrituras que mostre os servos de Deus em busca de recursos humanos para o atendimento de suas necessidades.
Lemos, sim, de um Balaão que procurou fazer comércio de seu dom de profeta, porém ele é denunciado em termos que não deixam dúvida.
Também lemos de um Geazi que procurou auferir lucro da graça de Deus, mas o seu pecado o tornou leproso.
Nenhum servo de Deus deveria procurar qualquer agência humana, seja individualmente ou em sociedade, para a satisfação de suas necessidades temporais.
Se elas podem ser satisfeitas pelo labor de suas próprias mãos ou por via de renda particular, está tudo muito bem. Não sendo assim, ele deve depender diretamente de Deus para o atendimento delas, como o faziam os primeiros apóstolos.
Os Doze Apóstolos que o Senhor enviou não tinham salário estabelecido, como também não tinha qualquer dos apóstolos que o Espírito Santo enviou; eles simplesmente contavam com o Senhor para a satisfação de suas exigências.
Se um homem confia em Deus, que vá e trabalhe para Ele.
Se não, que fique em casa, pois lhe falta a primeira qualificação para o trabalho.
Há uma idéia predominante de que se um obreiro tem uma renda estabelecida ele pode ficar mais à vontade para o trabalho e, conseqüentemente, fazê-lo melhor, mas, para falar com franqueza, na obra espiritual há necessidade de uma renda incerta, pois essa necessita de íntima comunhão com Deus, constante revelação clara de Sua vontade, e apoio divino direto.
Nos negócios seculares, tudo o que um trabalhador precisa a título de equipamento é vontade e talento, porém o zelo humano e o dom, natural não constituem equipamento para serviço espiritual.
É necessário depender inteiramente de Deus se o trabalho há de ser de acordo com Sua vontade; portanto Deus deseja que Seus obreiros recorram somente a Ele em busca de recursos financeiros, e assim não deixem de andar nEle continuamente.
Quanto mais se cultivar uma atitude de dependência confiante de Deus, tanto mais espiritual será o trabalho.
Assim está claro que a natureza da obra e a fonte de seu suprimento se relacionam estreitamente.
A fé é o fator mais importante no serviço de Deus, pois sem ela não pode haver trabalho verdadeiramente espiritual.
Nossa fé exige treinamento e fortalecimento, e as necessidades materiais são um meio de que Deus Se serve para este fim.
Podemos professar ter fé em Deus por uma vasta variedade de coisas intangíveis, e podemos enganar-nos a nós mesmos crendo que realmente confiamos nEle quando na realidade não confiamos, simplesmente porque nada há de concreto para demonstrar nossa desconfiança.
Mas quando se trata de necessidades financeiras, a assunto é tão prático que a realidade de nossa fé é posta à prova de imediato.
Além disso, quem tem a bolsa tem autoridade.
Se os homens nos sustentam, eles controlam nosso trabalho.
É de esperar-se que se recebemos renda de determinada fonte, devemos prestar contas de nossos atos a essa fonte.
Sempre que nossa confiança está posta nos homens, nossa obra só pode ser influenciada por homens.
Em Sua própria obra Deus deve ter a direção exclusiva.
É por isso que Ele quer que não dependamos de fonte humana para os recursos financeiros.
Muitos de nós temos experimentado a freqüência com que Deus nos tem controlado através de questões de dinheiro. Quando estivemos no centro da Sua vontade, os recursos foram certos, mas tão logo nos distanciamos no contato vital com Ele, eles foram incertos.
Às vezes nossa fantasia imagina Deus querendo que façamos determinada coisa, porém Ele nos mostrou que tal não era a Sua vontade porque reteve os recursos financeiros.
De modo que temos estado sob a constante direção de Deus, e tal direção é muitíssimo preciosa.
Se temos verdadeira fé em Deus, então temos de arcar com toda a responsabilidade de nossas próprias necessidades e as necessidades da obra.
Não devemos esperar, secretamente, pela ajuda de alguma fonte humana. Devemos ter fé somente em Deus, não em Deus mais o homem. Se os irmãos mostram seu amor, demos graças a Deus, porém se não o fazem, ainda assim Lhe demos graças.
É uma coisa vergonhosa para um servo de Deus ter um olho nEle e outro no homem ou nas circunstâncias.
Nosso viver pela fé há de ser absolutamente real, e não deteriorar-se num "viver pela caridade".
Ousamos ser totalmente independentes dos homens em questões financeiras porque ousamos crer totalmente em Deus. Ousamos lançar fora toda esperança neles porque temos plena confiança em Deus.
Se nossa esperança está nos homens, então quando seus recursos se esgotarem os nossos também se esgotarão.
Não temos nenhuma "Junta" atrás de nós, porém temos uma "Rocha" sob nosso pés, e quem se firma nessa Rocha jamais será envergonhado.
Os homens e as circunstâncias podem mudar, mas nós continuaremos num curso firme se nossa confiança está em Deus.
A Ele pertence toda prata e ouro, e ninguém que anda em Sua vontade pode vir a ter necessidade.
Os dois passos iniciais na obra de Deus são: primeiro a oração da fé pelos fundos necessários, depois o verdadeiro início da obra.
Hoje, ai de nós! Muitos dos que se dizem servos de Deus não tem fé, entretanto procuram servir-lhe.
Dão início à obra sem que para isso tenham qualificação essencial; portanto, o que eles fazem não tem valor espiritual.
A fé é o primeiro fundamento em qualquer trabalho para Deus, e deveria ser exercitada em relação às necessidades materiais assim como em relação a outras.
VIVENDO DO EVANGELHO
Nosso Senhor disse: "... digno é o trabalhador do seu salário..." (Lucas 10.7);
e Paulo escreveu aos Coríntios: "Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho, que vivam do evangelho" (1Coríntios 9.14).
Qual é o significado de viver do evangelho?
Não significa que o servo de Deus deva receber da igreja uma verba definida, porquanto o sistema moderno de serviço remunerado na obra de Deus era desconhecido nos dias de Paulo. Significa que os pregadores do Evangelho podem receber donativos dos irmãos, porém não há estipulações feitas com relação a tais donativos.
Nenhum período de tempo é nomeado, nenhuma soma definida de dinheiro, nenhuma responsabilidade definida; tudo é uma questão de livre vontade. À medida que Deus toca o coração dos crentes, eles fazem donativos a Seus servos, de sorte que embora esses servos recebam donativos através dos homens, a confiança deles está inteiramente em Deus.
É nEle que seus olhos estão fixos, é a Ele que contam suas necessidades, e é Ele que toca o coração de Seus filhos para dar.
Isso é o que Paulo queria dizer quando falou de viver do Evangelho.
O próprio Paulo recebeu donativo da igreja em Filipos (Filipenses 4.16), e quando ele estava em Corinto os irmãos da Macedônia o ajudaram (2Coríntios 11.9). Esses são exemplos de viver do Evangelho.
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Conhecendo a Bíblia - 14ª parte
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O SEGUNDO LIVRO DAS CRÔNICAS
O livro de 2Crônicas tem duas divisões principais. A primeira seção é constituída pelos primeiros nove capítulos (caps. 1-9) descreve em linhas gerais o governo do rei Salomão, chamando a atenção, para como se portavam de maneira exemplar os servos de Salomão, o que trouxe a rainha de Sabá, a ficar como fora de si (9.1-12). A narrativa dá bastante importância à construção do templo (caps. 2-7) bem como à riqueza e à sabedoria desse extraordinário rei (caps. 8-9). A narrativa, no entanto, termina abruptamente e não faz menção das fraquezas de Salomão, conforme registradas em 1Reis 11.
A segunda seção do Livro é formada pelos caps. 10 a 36. Depois da divisão do reino, se concentram quase que exclusivamente no Reino do Sul, Judá, e discorre sobre a história do Reino do Norte, Israel, só ocasionalmente. 2Crônicas traça a historia dos reinados dos 20 governantes de Judá, onde relata como a idolatria e desobediência ao Senhor dos Exércitos, por vários reis, até ao cativeiro babilônico o Reino do Sul em 586 aC. O livro conclui com o decreto de Ciro libertando e permitindo a volta do povo para Judá (36.22,23), atitude profetizada por Isaías, mesmo antes do nascimento de Ciro, Isaías 44.28.
O rei Ezequias foi um dos melhores reis de Judá por causa da sua confiança e dependência em Deus (2Crônicas 32.1-23). Ezequias, que seguiu o exemplo do seu antepassado o Rei Davi, começou a reinar com 25 anos de idade e reinou por 29 anos. Sua mãe era Abi, filha de Zacarias. Ezequias confiava plenamente no Senhor, guardava seus mandamentos e exortava o povo a desviar-se do pecado e voltar-se para Deus. (Leia mais em 2Reis 18:3-6; 2Crônicas 30-6:9). No início do seu reino, Ezequias reparou e purificou a casa do Senhor, reintegrou os sacerdotes e levitas ao seu ministério, e restaurou a celebração da Páscoa (2Crônicas 29:3 e 30:5). Ele destruiu todos os altares e altos idólatras em Judá. Deus trouxe paz ao reino quando Ezequias cuidou da casa do Senhor e providenciou a adoração verdadeira ao Deus de Israel.
Há três referências ao Espírito Santo em 2Crônicas. É identificado como o “Espírito de Deus” (15.1; 24.20) e como o “Espírito do SENHOR” (20.14). Nessas referências, o Espírito Santo inspirou ativamente Azarias (15.1), Jaaziel (20.14) e Zacarias (24.20) para que falassem da parte de Deus. Além dessas referências, muitos vêem a presença do Espírito Santo na dedicação do templo “... porque a glória do Senhor encheu a casa de Deus.” (5.13,14).
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O SEGUNDO LIVRO DAS CRÔNICAS
O livro de 2Crônicas tem duas divisões principais. A primeira seção é constituída pelos primeiros nove capítulos (caps. 1-9) descreve em linhas gerais o governo do rei Salomão, chamando a atenção, para como se portavam de maneira exemplar os servos de Salomão, o que trouxe a rainha de Sabá, a ficar como fora de si (9.1-12). A narrativa dá bastante importância à construção do templo (caps. 2-7) bem como à riqueza e à sabedoria desse extraordinário rei (caps. 8-9). A narrativa, no entanto, termina abruptamente e não faz menção das fraquezas de Salomão, conforme registradas em 1Reis 11.
A segunda seção do Livro é formada pelos caps. 10 a 36. Depois da divisão do reino, se concentram quase que exclusivamente no Reino do Sul, Judá, e discorre sobre a história do Reino do Norte, Israel, só ocasionalmente. 2Crônicas traça a historia dos reinados dos 20 governantes de Judá, onde relata como a idolatria e desobediência ao Senhor dos Exércitos, por vários reis, até ao cativeiro babilônico o Reino do Sul em 586 aC. O livro conclui com o decreto de Ciro libertando e permitindo a volta do povo para Judá (36.22,23), atitude profetizada por Isaías, mesmo antes do nascimento de Ciro, Isaías 44.28.
O rei Ezequias foi um dos melhores reis de Judá por causa da sua confiança e dependência em Deus (2Crônicas 32.1-23). Ezequias, que seguiu o exemplo do seu antepassado o Rei Davi, começou a reinar com 25 anos de idade e reinou por 29 anos. Sua mãe era Abi, filha de Zacarias. Ezequias confiava plenamente no Senhor, guardava seus mandamentos e exortava o povo a desviar-se do pecado e voltar-se para Deus. (Leia mais em 2Reis 18:3-6; 2Crônicas 30-6:9). No início do seu reino, Ezequias reparou e purificou a casa do Senhor, reintegrou os sacerdotes e levitas ao seu ministério, e restaurou a celebração da Páscoa (2Crônicas 29:3 e 30:5). Ele destruiu todos os altares e altos idólatras em Judá. Deus trouxe paz ao reino quando Ezequias cuidou da casa do Senhor e providenciou a adoração verdadeira ao Deus de Israel.
Há três referências ao Espírito Santo em 2Crônicas. É identificado como o “Espírito de Deus” (15.1; 24.20) e como o “Espírito do SENHOR” (20.14). Nessas referências, o Espírito Santo inspirou ativamente Azarias (15.1), Jaaziel (20.14) e Zacarias (24.20) para que falassem da parte de Deus. Além dessas referências, muitos vêem a presença do Espírito Santo na dedicação do templo “... porque a glória do Senhor encheu a casa de Deus.” (5.13,14).
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