Contexto SAGRADAS ESCRITURAS, março, 2020


ICorinthios 10

E não tentemos a CHRISTO
E não murmureis, como tambem alguns delles murmurarão, e perecerão pelo destruidor.
E todas estas cousas lhes sobreviérão em figura, e estão escritas para nosso aviso, em quem ja os fins dos seculos são chegados.
O que pois cuida que está em pé, olhe que não caia.
[Almeida, 1850]

[782,630]


outubro 17, 2009

Conhecendo a Bíblia - 45ª parte – ATOS DOS APÓSTOLOS

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Lucas conta a história da Igreja antiga dentro da estrutura de detalhes geográficos, políticos e históricos que podiam encaixar-se apenas no século I.

Portanto, por causa desses fatos e porque o livro não registra a morte de Paulo, apesar de deixá-lo prisioneiro em Roma, pode-se datar a redação de Atos como próxima a prisão do apóstolo naquela cidade por volta de 62 dC.

Atos é uma sequência da vida de Cristo nos evangelhos, registrando a disseminação da cristandade de Jerusalém a Roma. É a iniciação da Grande Comissão de Jesus pra formar discípulos de todas as nações [Mateus 28.18-20; Lucas 24.46-49].

Atos 1.8 é a chave do livro. Esse versículo prediz o derramamento do Espírito Santo e seu poderoso testemunho. Em geral, Atos relaciona a expansão da cristandade passo a passo para o oeste, desde a Palestina até a Itália. O livro portanto, começa em Jerusalém [capítulos 1-7]. Como Pedro assumindo o papel principal e os judeus como receptores do evangelho.

Depois da morte de Estevão [7.60-8.1], a perseguição espalhou-se conta a Igreja, e os crentes se dispersaram [Caps. 8-12]. Durante esse período da história, ocorreu a conversão de Saulo [capítulo 9], um acontecimento de tamanha importância que Lucas inclui três longas descrições sobre o incidente [capítulos 9; 22; 26].

A maior seção de Atos enfoca o desenvolvimento e expansão do ministério gentio comandado por Paulo e seus colaboradores [13.28]. O livro termina abrupto, pois tudo indicava que Lucas tinha atualizado o assunto, e não havia mais o que escrever.

Atos registrou vários exemplos da proclamação apostólica do evangelho de Jesus Cristo, e o modelo é uniforme. Em primeiro lugar, Jesus é apresentado como uma figura histórica [2.22; 10.38]. Em seguida a morte de Jesus é atribuída igualmente a crueldade do homem e ao objetivo de Deus; os judeus O haviam “crucificado” por “mãos de injustos” [2.23].

Por outro lado, Jesus tinha sido “entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus” [2.23; 17.3]. Então a ressurreição de Jesus é enfatizada, especialmente como cumprimento da profecia do Antigo Testamento e como revogação de Deus do veredicto do homem sobre Jesus [1.3; 2.24-32; 4.10; 5.30; 10.40-41; 13.30-37; 17.31].

Os apóstolos declaram que Jesus fora exaltado a uma posição de domínio único e universal [2.33-36; 3.21; 5.31]. Desse lugar de honra suprema e poder executivo, Jesus havia derramado o prometido Espírito Santo [2.33], que dá testemunho dEle [5.32] e habilita os crentes [1.8].

Jesus “por Deus foi constituído Juiz dos vivos e dos mortos” [10.42] e retornará triunfante no final dos tempos [1.11].

Enquanto isso, aqueles que acreditam nEle receberão perdão dos pecados [2.21; 3.19; 4.12; 5.31; 10.43; 13.38,39] e o “dom do Espírito Santo” [2.38]. Aqueles que não acreditam serão destinados a coisas terríveis [3.23].

O poder do Espírito Santo através da Igreja é a característica mais surpreendente de Atos. O livro foi até mesmo chamado de Os Atos do Espírito Santo. A Sua obra no livro, entretanto, não pode ser compreendida sem que se veja a relação entre Atos e os evangelhos, que demonstra uma continuidade essencial. Tanto o ministério público de Jesus nos evangelhos quanto o ministério público da Igreja em Atos começaram com um encontro com o Espírito capaz de mudar vidas; em ambos os relatos essenciais dos resultados desse acontecimento.

O poder do Espírito na vida de Jesus O autorizou a pregar o Reino de Deus e a demonstrar o poder do Reino mediante a cura de doente,s a expulsão de demônios e a libertação dos cativos [Lucas 4.14-19; Mateus 4.23]. O mesmo poder em Atos 2 deu a mesma autoridade aos discípulos.

Lucas observa que as pessoas eram “cheias pelo Espírito Santo” [2.4; 9.17], que “recebiam o Espírito Santo” [8.17], que “caiu o Espírito Santo sobre todos” [10.44], que “o Espírito Santo se derramasse sobre também os gentios” [10.45] e que “veio sobre eles o Espírito Santo” [19.6]. Todas essas passagens são equivalentes a promessa de Jesus, de que a Igreja (todos, não alguns) seria “batizada com o Espírito Santo” [1.5; 2.4].

Três destes cinco exemplos registram manifestações específicas do Espírito Santo em que as próprias pessoas participavam. Os presentes no dia de Pentecostes e os gentios da casa de Cornélio falaram outras línguas [2.4; 10.46]; os efésios “falavam línguas e profetizavam” [19.6]. Embora não esteja especificado, normalmente concorda-se que também houve algum tipo de manifestação na qual os samaritanos participaram, pois Lucas diz que Simão viu que “era dado o Espírito Santo” [8.18].

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